Centenas de manifestantes exigiram neste sábado, em Telaviv, um acordo imediato para libertar os reféns israelenses ainda detidos pelo movimento terrorista Hamas. O protesto, em que os manifestantes empunhavam cartazes com os nomes e as fotos de muitos dos reféns nas mãos do Hamas, ocorreu em frente ao Ministério da Defesa, depois de o Exército ter anunciado, na sexta-feira, que tinha matado três reféns por engano.
Um cartaz dizia: “Todos os dias morre um refém”, enquanto uma bandeira israelita na rua foi pintada com tinta vermelha, evocando sangue. “A única maneira de libertar os reféns com vida é através da negociação”, disse Motti Direktor, um manifestante de 66 anos.
“Estamos aqui depois de uma noite chocante e estou a morrendo de medo. Exigimos um acordo já”, disse Merav Svirsky, cujo irmão Itay é refém em Gaza.
Pouco depois do anúncio das Forças Armadas, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, lamentou “uma tragédia insuportável” que mergulhou “todo o Estado de Israel no luto”, enquanto em Washington a Casa Branca se referiu a um “erro trágico”.
Cerca de 240 pessoas foram capturadas no sangrento ataque dos comandos do Hamas em solo israelense, a 7 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, de acordo com as autoridades.
Como represália, Israel prometeu “destruir” o Hamas e lançou uma ofensiva militar na Faixa de Gaza que causou 19 mil mortos, indicou o Ministério da Saúde do Hamas, no poder em Gaza desde 2007 e considerada terrorista pela UE, pelos Estados Unidos e por Israel.
No final de novembro, um acordo, mediado pelo Qatar, permitiu uma pausa de uma semana nos combates. Com isso, houve a libertação de uma centena de reféns do Hamas e de 240 prisioneiros palestinos detidos em Israel, bem como a entrega de ajuda humanitária de emergência.
(Agência Lusa News)