Peguemos como exemplo uma garrafa de água, que num atacado você pagaria por volta de R$ 0,99 centavos, essa mesma garrafa custará R$ 2,00 numa loja no centro da cidade, custará R$ 5,00 num hotel, custará R$ 8,00 num aeroporto. A mesma garrafa, o mesmo conteúdo, sendo valorizada de modo diferente de acordo com o ambiente em que ela se encontra.
Assim como a garrafa, por que você ainda permanece no mesmo ambiente em que não te valorizam? Por que insiste em ser desprezado, rejeitado, menosprezado? Nossa reflexão de hoje já começou extremamente provocante eu sei, mas espero que ela lhe tenha provocado um certo “mal-estar positivo”. Peço que você não me abandone nessa jornada.
Você conhece suas qualidades, suas virtudes, seus pontos fortes? Conhece suas fraquezas, os pontos onde precisa melhorar? Sejam eles na área pessoal, afetiva ou profissional…
Penso que sem um exame de consciência seja muito mais difícil você decidir se valorizar, pois caso você não saiba sua essência, é natural que esteja aberto a acreditar no que outras pessoas venham a lhe dizer sobre você, principalmente em críticas nada construtivas. À medida que você se conhece, cabe a você ter o mínimo de noção se estão lhe valorizando no ambiente que você se encontra.
Eu por exemplo, sou uma pessoa dinâmica e criativa que gosta de se expressar e de improvisar, eu não era valorizado no emprego de bancário em que atuava, um emprego engessado e quadrado, sem voz ativa. Pedi demissão. Busquei espaço onde sou valorizado. Encontrei vários, e incluo aqui o Hora Campinas, no qual você aí está tendo a oportunidade de ler o que aqui escrevo semanalmente.
Esse tipo de reflexão sobre si e seus valores vale para profissão, mas também para área afetiva: pra que ficar mendigando carinho e atenção? O que acha da proposta de doar e se nada vier em retribuição ou em forma de reconhecimento optar por seguir viagem? Busque se valorizar; busque seu lugar no mundo, não se acomode em ambientes em que lhe tratam como lixo. Recicle-se!
A maioria das pessoas reclama de não serem vistas como sendo pessoas diferenciadas e com qualidades, mas não fazem nada para mudar a situação, têm medo de ousar, buscar o novo. Novos caminhos, novas ações, medo da incerteza, têm insegurança, mas no fundo é como o Dr. Freud, pai da psicanálise disse: “Nessa balança entre dor e medo, a hora que a dor de ficar onde se está for maior que o medo da mudança, a pessoa muda”.
Pra finalizar a provocação, é interessante lembrar que além do ambiente onde a água se encontra, conta muito a relação oferta e demanda, na hora de lhe atribuir valor! A mesma garrafa que no atacado vale R$ 0,99 centavos não tem preço estimulado se oferecida num deserto com pessoas a mais de dois dias sem uma gota de água.
Busque reconhecer suas qualidades e vá ao encontro de ambientes que delas estejam solicitando.
Se você é criativo, busque ambiente onde exijam isso e disso precisem. Se você é romântico vá em busca de pessoas que valorizam isso e disso carecem. Saiba o seu valor! Se você se sentir desvalorizado (a), mude de lugar, pois sempre terá um lugar aonde irão lhe valorizar! Encontre-o. Encontre-se. Um grande abraço.
Thiago Pontes é filósofo e neurolinguista (PNL)