Aeroportos e administração pública do Iraque foram forçados nesta segunda-feira (23) a suspender a atividade devido a mais uma tempestade de areia, que provocou problemas respiratórios em mais de mil pessoas antes de atingir os vizinhos Kuwait e Arábia Saudita.
No Kuwait, o aeroporto internacional suspendeu os voos. E pela segunda vez em menos de uma semana, a espessa nuvem de poeira cobriu a capital saudita, Riade, e os seus monumentos icônicos. A defesa civil saudita advertiu que a tempestade iria durar o dia todo.
Desde meados de abril, o Iraque, um dos cinco países do mundo mais vulneráveis aos efeitos das alterações climáticas, de acordo com a ONU, sofreu nove tempestades de poeira e areia.
Hoje em Bagdá, uma nuvem de pó cinzento pairava sobre as ruas quase desertas, sem os habituais engarrafamentos de trânsito.
Espera-se que a tempestade se dissipe gradualmente, de acordo com o serviço meteorológico.
Devido a “más condições meteorológicas e à chegada de violentas tempestades de poeira”, o primeiro-ministro, Mustafa al-Kazimi, mandou fechar as “instituições públicas” com exceção dos departamentos de saúde e agências de segurança.
Devido à visibilidade inferior a 400 metros, o aeroporto de Bagdá suspendeu o tráfego aéreo por algumas horas durante o dia.
As duas últimas tempestades de areia que atingiram o Iraque fizeram um morto e obrigaram a hospitalização de quase dez mil pessoas, para tratamento de problemas respiratórios, especialmente idosos e outras pessoas de maior risco.
“Estas tempestades de poeira acontecem geralmente no Verão, mas não ao mesmo ritmo que recentemente”, admitiu Seif al-Hamza, médico de um hospital de Bagdá. “Os casos de asfixia aumentaram consideravelmente em comparação com as épocas anteriores”, disse.