Nesta terça-feira (19), às 19h, o médico neurologista e neuropediatra André Leite Gonçalves e o jovem autista Arthur Garcia participam da live “Abril Azul: desmistificando o autismo”, com a abordagem de assuntos como a importância do diagnóstico precoce, quais os sinais de que uma pessoa é autista e os tratamentos que auxiliam no desenvolvimento de várias aptidões.
O evento é promovido pelo Vera Cruz Hospital e para acompanhar basta entrar no perfil do hospital no Instagram: veracruzcampinas. O mês de abril foi escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007 com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).
Conhecido popularmente como autismo, a condição acomete as múltiplas áreas de funcionamento do cérebro e prejudica a integração social, a fala, a comunicação não verbal, a capacidade de aprendizado da criança e como expressar as emoções. Um estudo publicado pela revista científica Jama, feito com mais de dois milhões de crianças, apontou o fator genético como a principal causa em 80% dos casos confirmados de TEA.
O médico neurologista e neuropediatra do Vera Cruz Hospital, André Leite Gonçalves, explica que o diagnóstico deve ser usado como uma ferramenta para que os pais consigam auxiliar seus filhos a se desenvolver. “É preciso que a família olhe para dentro da criança, identifique as suas necessidades e as acolha. Isso é fundamental para seu crescimento. O reconhecimento do autismo deve ser encarado como positivo, pois, com ele, os pais podem lidar com todas as adversidades que a condição traz, facilitando todas as questões de vida do filho”, orienta o especialista.
O jovem Arthur Garcia é autista e ativista da causa, tem 18 anos e acaba de iniciar o curso de medicina no Guarujá, no qual passou em quinto lugar, para se dedicar à psiquiatria e ajudar outros autistas. Ele contará sobre como superou o preconceito e os obstáculos da doença e como o diagnóstico, aos treze anos, foi um divisor de águas positivo para receber o tratamento correto e poder se desenvolver.
“Ter pais que conseguiram identificar as minhas necessidades sem me impor o que a sociedade prega foi fundamental. Todo o meu acompanhamento foi com uma equipe multidisciplinar, interligada ao sistema de ensino que, desde cedo, praticou a integração com a sociedade”, afirma o jovem.