As escolas particulares não planejam fazer alterações no calendário do ano letivo e aguardam os próximos passos da Administração Municipal. “Conversei com algumas pessoas da Prefeitura e não tem nada certo. Não pretendem fazer alteração ou cancelar a volta às aulas presencial. Isso só deve ocorrer se tiver que aumentar muito as restrições em outros setores”, diz Thiara Pedico, representante das escolas particulares de Campinas e do Sindicato das Escolas Particulares do Estado de São Paulo (Sieesp).
O debate sobre o retorno às escolas voltou forte em janeiro por conta do recrudescimento da pandemia. O ano de 2021 estava fechando de forma positiva, e as unidades faziam o planejamento normalmente. Mas a explosão de casos da Ômicron e a “avalanche” de síndromes gripais fizeram a discussão esquentar novamente.
De acordo com Thiara Pedico, o momento é de espera para saber se os outros setores da sociedade sofrerão muitas restrições por conta da Covid-19. “Vai ter uma segunda reunião, na próxima quinta-feira, com o comitê de Covid da Prefeitura. A gente defende que as aulas retornem normalmente. Pode acontecer também de só alterarem o calendário das escolas públicas e não das particulares”, diz.
“O secretário estadual da Educação já declarou que para o Estado todas as escolas voltam normalmente, cada uma com seu calendário. Então, estamos aguardando”, finaliza Thiara.
Rede municipal
O aumento no número de casos de Covid-19 em Campinas poderá resultar no adiamento do retorno às aulas presenciais na rede municipal de ensino. A previsão é que a rede – que conta hoje com 58 mil alunos – volte às aulas presenciais no dia 7 de fevereiro.
O secretário municipal de Saúde, Lair Zambon disse nesta quinta-feira (13) em entrevista coletiva, que o comitê de enfrentamento a pandemia discutiu hoje (13) o assunto, mas ainda não chegou a uma conclusão.
De acordo com o secretário, depois de uma avaliação do comitê, a decisão ainda será submetida ao Ministério Público. “Mas vamos chegar a uma conclusão antes do início das aulas”, garantiu o secretário.
Vacina
O secretário voltou a reafirmar a necessidade de vacinação para as crianças de 5 a 11 anos. “Não dê ouvidos às pessoas que falam sobre a vacinação de crianças. Está provado que ela é fundamental. A resposta no mundo tem sido espetacular”, afirma ele.
A Secretaria Municipalde Saúde informa que tem definido um esquema de vacina para esse público. Depende apenas da chegada dos imunizantes.