Após a derrota por 3 a 1 para a Ponte Preta na noite desta quarta-feira (5), no Moisés Lucarelli, o técnico bugrino Allan Aal demonstrou toda sua insatisfação. Na entrevista depois da partida, criticou a atuação da equipe e lamentou a falta de intensidade no Dérbi 199.
“A gente procurou, ou procurava antes da partida, manter a nossa intensidade, pressionar a saída de bola, que é uma característica nossa. Porém, as ausências acabam mudando um pouco a característica da equipe. São situações individuais que são característica do próprio atleta. Mesmo a gente procurando colocar algumas situações de maior intensidade, nós não tivemos isso”, lamentou
“Nós ficamos muito abaixo nesse quesito, as nossas transições, as nossas saídas de trás foram muito lentas, muito cadenciadas. Conduzimos demais a bola, não agredimos o adversário sem a bola buscando o espaço vazio e competimos muito pouco, principalmente no primeiro tempo. Então eu cobrei, a gente conversou no intervalo, melhorou um pouco, mas não foi nem próximo daquilo que a gente vinha desempenhando”, garantiu Aal.
O treinador também se mostrou insatisfeito com o fato de o Alviverde aceitar a superioridade da Macaca e não esboçar reação. Além disso, o comandante considerou que a falta de experiência no clássico não foi um fator decisivo no resultado e, mais uma vez, queixou-se da falta de movimentação da equipe em campo.
“Eles sabem que, em jogos assim, a gente tem que ter atitude, acima de tudo”, analisou Allan Aal
“Eu acho que foi mais aceitar a marcação do adversário e aceitar o jogo do adversário do que propriamente a questão de experiência aqui em Dérbis. Até mesmo porque nós temos jogadores que já jogaram vários clássicos, jogadores tarimbados e jogadores que já disputaram jogos importantes. Então eu acho acima disso aceitamos demais aquilo que a Ponte Preta se propôs a fazer, principalmente no primeiro tempo que era esperar em uma linha média”, declarou.
“Nós não tivemos a mobilidade e nós não tivemos a intensidade. Acima de tudo isso, coletivamente, não foi uma partida boa para ninguém. Hoje, se for falar individualmente, vai bater na tecla de todos os jogadores que foi um jogo muito aquém, mas continuamos confiando, acreditando no trabalho e, principalmente, confiando na classificação. Tivemos a oportunidade de quebrar um tabu de 12 anos que, infelizmente, não conseguimos ganhar na casa do adversário, mas vamos procurar quebrar um tabu de sete anos, que é passar o Guarani para próxima fase e classificar para a gente brigar por algo maior”, acrescentou.
O que faltou?
Diante das críticas, Aal garantiu que faltou intensidade e velocidade principalmente no primeiro tempo, mesmo com a partida equilibrada. Além disso, o técnico ressaltou que a jogo truncado na etapa inicial, somado a queda de rendimento, foram decisivos para o time terminar com o resultado negativo.
“Hoje a gente fugiu daquilo que a gente vinha fazendo e principalmente da nossa estratégia, que era buscar intensidade, buscar velocidade, buscar profundidade. E coletivamente, além de tudo isso, cobrei deles, a gente conversou, coletivamente a gente foi muito abaixo. Um rendimento nosso muito abaixo. Uma das piores partidas que nós fizemos. Porém a gente tem que procurar trabalhar, manter a confiança, levantar a cabeça e buscar a classificação, que a gente vai buscar até o fim, para a próxima fase, que é o primeiro objetivo nosso nessa competição”, projetou.
Arbitragem
Contestado por parte da torcida bugrina, o pênalti marcado a favor da Ponte Preta pelo árbitro Vinícius Gonçalves Dias Araújo junto ao VAR gerou questionamentos. Apesar disso, Aal descartou culpa da arbitragem pelo resultado negativo no Dérbi e chamou a responsabilidade.
“A responsabilidade toda é nossa. Independentemente do erro do VAR ou não”, afirmou Allan Aal
“Não cheguei a ver o lance ainda, mas antes do erro do VAR nós tivemos um primeiro tempo muito abaixo daquilo que a gente vinha rendendo. Não é demérito nenhum ou transferência de responsabilidade, porque a gente se cobra internamente. Nós temos que mostrar isso dentro de campo. Tivemos jogos que a nossa intensidade, a nossa entrega, a nossa disposição e a nossa mobilidade principalmente foram muito boas. Hoje, foi muito aquém”, lamentou.
“Nós fizemos um primeiro tempo ali que não teve aquela velocidade, não teve mobilidade, não teve aquele objetivo de fazer o gol e aquela objetividade de roubar a bola no campo do adversário. Isso acabou sendo um fator preponderante. Eu acho que foi acima do erro ou não do VAR. Independentemente disso, nós tínhamos que continuar a brigar, a lutar e a buscar o resultado. Então, coletivamente, a equipe foi muito abaixo. Isso a gente vai conversar, vai cobrar e vai corrigir”, finalizou o treinador.