O Guarani superou as adversidades e derrotou o Santo André por 1 a 0, na noite desta segunda-feira (26), no Canindé, em São Paulo. Após a partida, o técnico Allan Aal concedeu entrevista coletiva e negou o Bugre recuou na segunda etapa quando sofreu pressão do Ramalhão e por pouco não sofreu o empate.
“Não, nós não chamamos. O adversário que estava utilizando a todo momento da bola longa e da bola aérea. A nossa equipe não é uma equipe física. Não é uma equipe com jogadores de alta estatura, ao contrário da equipe do Santo André. Soubemos se adaptar ao jogo. Poderia ter definido e poderia ter matado o jogo em algumas situações que pressionamos o adversário na saída de bola e conseguiu recuperar. Nem sempre vamos conseguir impor o nosso jogo até pela questão física que o adversário nos impôs hoje”, pontuou.
“Os jogadores são de um 1,97m. São jogadores de um 1,87m. No final do jogo, estavam jogando ali praticamente com cinco jogadores de referência. Então a gente tem que ter também a humildade e a inteligência suficiente pra saber neutralizar o ponto forte dos adversários e utilizar aquilo que temos de melhor. O mais importante de tudo isso é que conseguimos os três pontos e estamos na zona de classificação mesmo não tendo controle do jogo, como tivemos nas outras rodadas”, declarou o treinador.
Aos 22 minutos do segundo tempo, com a vantagem no marcador, Allan Aal optou por substituir o atacante Bruno Sávio pelo zagueiro Romércio. O treinador explicou a alteração, ressaltou que o objetivo era neutralizar as jogadas aéreas do time do ABC e lembrou que no final da partida a equipe criou oportunidades para ampliar o marcador.
“A entrada do Romércio foi justamente para neutralizar o que a equipe do Santo André tinha de mais forte, que é a bola aérea. Iniciou o jogo já o segundo tempo com o jogador de 1,92m à frente, juntando-se a mais três atacantes. Sofremos, em alguns momentos, pela nossa equipe não ser uma equipe tão física como é a do Santo André. Neutralizamos aquilo que poderia trazer em resultado negativo e em resultado adverso a conclusão do gol do adversário, né?”, afirmou o treinador.
“Mesmo assim, tivemos algumas boas chances para matar a partida. Temos que se adaptar ao jogo. Nas outras partidas, nós dominamos e impomos o nosso ritmo, mas hoje era um jogo muito físico e de muito contato físico. Tivemos a necessidade de colocar mais um zagueiro. Não vamos abrir mão disso até mesmo porque sabemos como trabalhamos no dia a dia e sabe aquilo que os jogadores nossos podem dar”, emendou Allan Aal .
Saída de Mateus Ludke
Após falhar no segundo gol sofrido na derrota diante do Palmeiras e também marcar um gol contra, o lateral-direito Mateus Ludke foi mantido entre os titulares no confronto com o Santo André, porém acabou substituído no intervalo por opção da comissão técnica.
Aal explicou a saída jogador e novamente lembrou a dificuldade causada pelo jogo aéreo do adversário.
“Em relação ao Ludke, eu não iria expor ele de maneira nenhuma, até pelo último jogo, então a gente deu essa oportunidade para ele iniciar jogando. Eu acho que seria injusto jogar a responsabilidade de um resultado adverso da última partida nas costas do menino. E ele se portou, em alguns momentos, bem no primeiro tempo, mas estava tendo dificuldade justamente nessa bola aérea, nessa bola em profundidade. E o (Éder) Sciola é um jogador muito mais físico, um jogador de maior experiência e que controlou melhor o setor”, destacou.
Em meio as oscilações de Ludke e Sciola na lateral-direita, o atacante Pablo também é uma alternativa para jogar na posição. O treinador alviverde comentou sobre a possibilidade do jogador atuar no setor e confirmou que o atleta se colocou à disposição.
“No começo da pré-temporada, chamei ele para conversar, sobre a preferência dele, sobre utilizá-lo na lateral. A princípio, ele prefere trabalhar como extremo. Mas na sequência do trabalho, ele mesmo falou que se a gente precisar, se tiver necessidade, vai ser utilizado naquela função. São possibilidades que a gente tem, e a gente fica feliz porque essa disposição e essa entrega dos atletas nos dá cada vez mais condições de mudar o sistema mesmo com os mesmos jogadores, sem precisar alterar a nossa maneira de jogar”, elogiou.
Reforços para a zaga ou utilização da base?
Estreante na noite de ontem, Thales formou dupla de zaga com Airton pela primeira vez na temporada, e Romércio começou o jogo no banco de reservas. Atualmente com apenas três zagueiros inscritos no Paulistão diante da saída de Victor Ramon, Aal não descartou a possibilidade de contratações de novos jogadores e também elogiou os jovens Bruno Bianconi e Titi, que não estão na lista do Estadual e são formados nas categorias de base do Guarani.
“Nós estamos de olho no mercado em todas as posições. A gente vê um potencial muito grande nos meninos da casa, nos meninos da base. Hoje não tinha necessidade de estarmos com dois zagueiros no banco, mas esses meninos vêm trabalhando bem e, quando tiverem a oportunidade e estiverem em um momento propício, a gente vai dar a oportunidade. E o Thales, o Romércio e o Airton são jogadores experientes, são jogadores que se adaptam à maneira de jogar tanto nossa quanto do adversário. É uma concorrência muito boa, que nos dá possibilidade de pensar até em mudanças táticas quando houver necessidade ou quando a gente escolher por estratégia”, finalizou.