O presidente equatoriano, Guillermo Lasso, anunciou o estado de emergência em três das províncias do país, incluindo a capital Quito, após a violência durante os protestos indígenas contra os preços dos combustíveis.
“Estou empenhado em defender a nossa capital e o país. Isto obriga-me a declarar o estado de emergência em Pichincha, Imbabura e Cotopaxi a partir da meia-noite de hoje”, afirmou num discurso televisivo.
O líder indígena Leonidas Iza, principal promotor dos protestos contra o Governo do Equador, ameaçou passar a “outro nível”, caso o Governo não dê respostas a dez exigências para superar a crise econômica.
“Se o Governo nacional não criar as condições para dar estas respostas, sim, sentimos que podermos passar a outro nível”, advertiu o presidente da Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie), numa entrevista à agência de notícias Efe.
Leonidas Iza respondeu desta forma ao presidente do Equador, Guillermo Lasso, que na quinta-feira afirmou não ver qualquer motivo para os protestos dos indígenas e comparou a situação atual com a de outubro de 2019, altura em que houve uma mobilização semelhante que exigia a revogação de um decreto que eliminava os subsídios à gasolina.
Os aumentos dos preços dos combustíveis e o do preço dos produtos de primeira necessidade são algumas das queixas que constam no documento com as dez exigências da Conaie.
O líder indígena responsabilizou também o atual presidente das imposições do Fundo Monetário Internacional (FMI), como a flexibilização laboral e a eliminação dos subsídios.