Uma mulher sai para uma noite de diversão com amigas, se encanta por um belo rapaz e vive uma noite de romance. Um mês depois, ele a procura no trabalho, mas, pelos desencontros da vida e excesso de tarefas, ela não consegue lhe dar atenção e ele vai embora. Ela não sabia, mas, naquele momento já estava grávida. Com apenas o primeiro nome dele – Eduardo, 14 anos depois ela tenta reencontrá-lo para apresentar a filha que ele nem imagina que existe.
O enredo poderia ter saído da sinopse de uma trama qualquer, mas, é a novela da vida real da atendente de loja de conveniência, Lilian Aparecida Matsuda, de 50 anos, moradora de Campinas. Ela tem feito uma campanha na internet para encontrar Eduardo, o pai de sua filha, Sabrina, de 14 anos.
“Eu conheci o Eduardo em 2006. Eu saí com amigas para a balada, no final, cada uma foi em uma direção e eu parei no Posto Ipiranga da Avenida Norte e Sul. Ele estava lá com um amigo”, conta. Na época, Lilian tinha 36 anos e Eduardo 23. “Ele tinha cerca de 1,70m, cabelos lisos, castanho claro, meio loiro, magro e tinha uma tatuagem na panturrilha, mas, não lembro como ela era”, diz.
Ela já imprimiu mais de 2.000 mil folhetos e distribuiu por aí, na intenção de encontrá-lo.
“Eu quero deixar claro que não estou atrás de pensão. Sempre trabalhei muito para sustentar minha filha. Só quero que eles se conheçam porque é muito importante para ela. Isso ficou no meu coração porque ela cresceu sem o pai. Ela chorava muito, ainda mais no Dia dos Pais”, explica.
Na época do encontro, Lilian trabalhava na Casa da Sobremesa da Avenida Norte e Sul. “Eu o conheci aquela noite e fui para a casa dele e a gente ficou. Depois de um mês ele foi me procurar no meu trabalho. Mas estava uma correria, uma confusão, não dava para conversar. Não consegui dar atenção, pegar o telefone dele nem nada. Ele foi embora e depois eu descobri que já estava grávida. Nunca mais nos vimos”, revela.
Lilian também se recorda que Eduardo já tinha uma filha de um ano naquela época. “Se não me engano, acho que ela chamava Maria Eduarda”, conta.
“Ele me falou que morava no Jardim Nova Europa, mas pode ser no Jardim Leonor. A casa dele era umas duas ruas acima da Marginal do Piçarrão. Da casa dele dava pra ver o prédio da Vivo, na Rua Romualdo Andreazzi, a Rua Angelo Simões, e o Fênix Hotel”, diz.
“Não sabia mais o que fazer com o sofrimento da minha filha. Ela tem o direito de saber a história dela. Fica um buraco na alma. Ela tem irmã, deve ter avós, tios, para conhecer”, Lilian Aparecida Matsuda.
Na época da gravidez, Lilian voltou ao bairro para tentar localizá-lo. “Tentei muito tempo andar por aquela região para ver se achava ele. Perguntei para muita gente, mas ninguém conhecia. A casa dele era umas duas antes da esquina. Na esquina tinha um sobrado amarelo. A dele tinha um portão branco, todo fechado. O número era 700 e alguma coisa. Ele tinha uma fiorino branca e trabalhava com o pai consertando computador, fazendo manutenção”, relembra.
Desde 2008, Lilian já imprimiu muitos cartazes e distribuiu em vários lugares na tentativa de encontrar Eduardo. Agora passou a usar a internet. “Já publiquei no grupo do facebook do bairros Jardim Leonor e Nova Europa. Coloquei também no da Estação Cultura. Não sei mais onde procurar, mas espero que dê certo”, fala.
O contato de Lilian Matsuda para eventuais informações é (19) 9 9338-8700.