Mesmo com mais de 50 anos de estrada e mais de 10 turnês pelo Brasil, o Deep Purple está prestes a viver pela primeira vez a experiência de se apresentar no Rock in Rio.
O show do lendário grupo britânico, considerado um dos pioneiros do heavy metal, acontece na noite deste domingo (15), terceiro dia da 10ª edição do megafestival, que está celebrando 40 anos de história.
A inédita apresentação do Deep Purple no Rock in Rio será no Palco Sunset, a partir das 22h45, com transmissão ao vivo do canal Multishow.
Desde sua primeira passagem pelo Brasil, em 1991, quando já era uma banda consagrada, o Deep Purple tocou em diversas cidades do país, até mesmo em Campinas, onde a banda inglesa realizou uma inesquecível performance no Ginásio da Unicamp, há 25 anos, no dia 26 de março de 1999.
Antes disso, em 1997, o Deep Purple também tocou na antiga casa de shows Adler, em Vinhedo, na região de Campinas. Depois, em 2011, o grupo realizou um show no espaço Expo America, em Nova Odessa, a cerca de 30 km de Campinas.
Confira abaixo trechos de matéria publicada pelo jornal Correio Popular, no dia 26 de março de 1999, uma sexta-feira, data do show do Deep Purple no Ginásio da Unicamp, em Campinas:
“O Deep Purple volta hoje à região de Campinas com a mesma formação da excursão anterior pelo país. Há dois anos, o grupo se apresentou em Vinhedo, quando o lendário guitarrista Ritchie Blackmore já estava substituído por Steve Morse. O grupo inglês faz show único às 22 horas, no Ginásio da Unicamp. Os músicos, em turnê pelo país, estão hospedados em São Paulo e somente chegarão a Campinas momentos antes de subir ao palco”, informou o jornal campineiro.
“O vocalista Ian Gillan, o baterista Ian Paice, o guitarrista Steve Morse, o tecladista Jon Lord e o baixista Roger Glover negam a fama de que todo popstar é excêntrico. Os músicos não enviaram lista de exigências, geralmente composta por comidas, bebidas, toalhas de banho, aparelhos de ginástica, entre outros objetos de consumo. O único pedido do Deep Purple para a apresentação no Ginásio da Unicamp é que o camarim esteja iluminado apenas por velas”, revelou a reportagem do Correio.
Na ocasião, os integrantes do Deep Purple deixaram suas assinaturas em uma placa de concreto, dando início a uma tradição que se repetiu com diversos outros artistas que se apresentaram posteriormente no Ginásio da Unicamp. Na época, o local costumava receber shows de grandes artistas da música brasileira e até internacional.
“Todos assinaram e foram muito simpáticos. O Steve Morse até desenhou uma guitarrinha. A gente percebeu que eles viram de uma maneira muito simpática esse registro”, relembra o professor aposentado Carlos Roberto Fernandes, do Instituto de Artes da Unicamp, responsável pela ideia que se transformou em tradição.
“A gente percebeu que podia fazer, além do registro fotográfico e da filmagem, um registro concreto, fazendo uma brincadeira com as placas. Fomos acumulando essas placas e escolhemos um lugar que era compatível em termos de espaço para colocá-las”, conta o professor aposentado Carlos Roberto Fernandes, do Instituto de Artes da Unicamp, responsável pela ideia que se transformou em tradição.
Inaugurado pelo Deep Purple, em março de 1999, o “Mural da Fama” do Ginásio da Unicamp permanece até hoje na área externa do local. Ao todo, são 19 placas de concreto com assinaturas de nomes importantes da música brasileira, como Rita Lee, Titãs, Gilberto Gil e Caetano Veloso (confira no vídeo abaixo).