O novo prefeito de Sumaré, Henrique do Paraíso (Republicanos), tem em sua ficha política pelo menos duas grandes polêmicas que foram objeto de reportagem do Hora Campinas. Atual vice-prefeito e vitorioso nas urnas neste domingo (27), o candidato se envolveu em situações nada republicanas, uma contradição para o nome do partido que lhe dá guarida e legenda.
Em fevereiro de 2019, Henrique Stein Sciascio, conhecido como Henrique do Paraíso, destruiu a pontapés um radar móvel instalado em uma das avenidas da cidade. Ele ainda filmou e divulgou as imagens em suas redes sociais.
Por conta desta atitude, o vice-prefeito de Sumaré foi condenado por improbidade administrativa pelo Tribunal de Justiça (TJ).
Para a Corte, a vandalização do radar móvel configurou ato de improbidade administrativa por violação ao princípio da legalidade. O caso gerou grande repercussão. Na época, circulou nos meios políticos que Henrique foi ao local cumprindo ordens do então prefeito.
Henrique do Paraíso era vice de Luiz Dalben (então PPS), filho de Dirceu Dalben (Cidadania), político com longa trajetória na cidade e que é atualmente deputado estadual. Luiz Dalben não mais poderia concorrer à reeleição, por já ter alcançado o seu segundo mandato.
Paraíso saiu, então, como cabeça de chapa e venceu o petista Willian Souza. Luiz Dalben sempre negou essa ordem, embora tenha dito que era necessário fiscalizar e checar a razão pela qual o radar estava colocado na via (o equipamento móvel era operado por uma empresa privada). Havia muitas críticas ao aparelho por conta da aplicação de multas.
Cachaça
Três anos depois do episódio do radar destruído, a polêmica envolveu corotes de pinga. O político decidiu distribuir garrafinhas de cachaça na rua. E filmou o próprio ato.
Um vídeo que viralizou e que foi gravado pelo próprio político, mostra ele entregando um calendário e corotes de pinga para moradores no bairro Casarão. Internautas criticaram a ação.
“Não foi uma ação institucional, mas sim uma particularidade entre vizinhos. Comprei sem maldade”, disse Paraíso, tentando minimizar a atitude e considerando-a um gesto de amizade, sem interesse político ou eleitoral. Junto com um corote, foi entregue um calendário a três homens sentados na calçada.
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