Campinas atingiu nesta sexta-feira (26) a pior taxa de ocupação de leitos de UTI desde o início da pandemia, em março do ano passado. Com 193 pessoas na fila por uma vaga nas unidades de terapia intensiva, o município registrou índice de 98,19%. Todos os leitos de UTI disponíveis na rede público estão ocupados. Há apenas oito vagas na rede particular.
A cidade dispõe de 442 leitos de UTI. Os 157 do SUS municipal estão com pacientes, assim como os 40 do SUS Estadual. Nesta sexta-feira, o HC da Unicamp colocou em funcionamento 18 leitos de enfermaria.
À fila crescente por leitos se soma o elevado registro diário de óbitos. Campinas fechou a sexta-feira (26) com mais 29 mortos pelo vírus da Covid-19, entre eles uma adolescente de 13 anos. Segundo o balanço divulgado pela Prefeitura no final da tarde, a cidade registrou 870 novos casos e agora contabiliza nada menos que 79.376 pessoas infectadas. Os mortos somam agora 2.255, segundo os dados oficiais.
Cidade contabiliza 79.376 pessoas infectadas e 2.255 óbitos
“O caso da adolescente já havia sido noticiado”, diz a Prefeitura em nota. “A causa do óbito foi síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica pós covid-19, que caracteriza-se por inflamações da parede dos vasos sanguíneos de órgãos como rins, articulações, sistema nervoso central e vias respiratórias”, explica a nota. Entre as vítimas fatais – 17 homens e 12 mulheres – sete tinham menos de 60 anos, entre elas uma garota de 13 anos, De acordo com a Prefeitura, a menina tinha comorbidades – que são doenças associadas – e morreu no dia 22 de fevereiro. Só agora, no entanto, o óbito foi notificado
Entre os não idosos, foram registradas nesta sexta, as mortes de um homem de 38 anos e duas mulheres de 42 e 44 anos, respectivamente.
Leitos
A cidade registrou também mais um dia de UTIs lotadas e a pressão avança agora para a rede privada.
Campinas conta com 442 leitos de UTI Covid-19 nas redes pública e particular. Ocupação é de 98,19%.
No SUS Municipal, todos os 157 leitos disponíveis estão ocupados. No SUS Estadual a situação é idêntica. Os 40 leitos colocados em disponibilidade no HC da Unicamp e no AME (Ambulatório de Especialidades Médicas) estavam ocupados.
A única reserva de vagas existente na cidade está restrita agora à rede particular, ainda assim, muito pressionada. Contava hoje com apenas oito leitos livres, dos 245 que havia reservado para atender os pacientes Covid.
Segundo a secretaria de Saúde, Campinas conta hoje com 193 pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) precisando de leitos de enfermaria e de UTI.