Campinas registrou o dia mais frio do ano nesta quarta-feira (30). No último dia do primeiro semestre, os termômetros cravaram 4,2ºC, com sensação térmica de 2ºC por conta do vento gelado na madrugada. A massa de ar polar surpreendeu inclusive a meteorologia, que havia indicado faixas maiores. Até então, o recorde de temperatura negativa havia ocorrido no dia 25 de maio. Na ocasião, o Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), da Unicamp, indicou 7,9ºC, com sensação térmica que chegou a 4,2ºC.
O editor de fotografia do Hora Campinas, Leandro Ferreira, percorreu as ruas do Centro no final da madrugada e encontrou um cenário de tristeza e sobrevivência. Moradores de rua enrolados em cobertores, deitados sob marquise e diante de lojas e agências bancárias, tentavam manter o corpo aquecido. Na escuridão e na dor de cada um, registros de uma metrópole que sofre ainda mais quando os termônetros despencam.
Semana fria
A semana será de frio intenso em boa parte do Basil, segundo previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A massa de ar polar que avança pelo Sul deve deixar as temperaturas abaixo de zero em uma ampla área entre o norte do Rio Grande do Sul, meio-oeste e Planalto Sul de Santa Catarina e o Sul do Paraná. Há possibilidade de novas ocorrências de neve na região, como verificado na última segunda-feira (28).
Ao longo de toda a semana, segundo o Inmet, as condições atmosféricas propícias para a formação de geada, de moderada a forte, devem persistir na região Sul e no Mato Grosso do Sul, podendo se estender para São Paulo e Minas Gerais.
Na Região Norte, as temperaturas poderão ficar abaixo de 15ºC no Acre, Oeste de Rondônia e Sul do Amazonas nas manhãs dos dias 30 de junho e 1º de julho. Além dessas áreas, o frio também poderá avançar até o noroeste do Amazonas, informa o instituto.
(Com Agência Brasil)