Um caso suspeito de Covid-19 numa unidade escolar na região Sul colocou em alerta o programa de retorno às aulas presenciais em Campinas. O sindicato do servidores informou nesta quinta-feira (29) que em uma de suas fiscalizações, descobriu que uma funcionária foi afastada por suspeita de infecção pelo vírus.
O sindicato critica o fato de a Prefeitura ter autorizado o retorno das aulas presenciais em meio à pandemia. Diz que essa decisão foi tomada sem que o ciclo de vacinação dos funcionários fosse feito (1ª e 2ª doses); nem que tivesse sido adotado um programa de vacinação em massa para a comunidade acadêmica.
No dia 26, voltaram às aulas presenciais os alunos do Ensino Fundamental (Emefs) e na próxima segunda-feira (3), serão retomada as atividades presenciais nas 161 creches da rede municipal e nas 44 entidades conveniadas.
“A primeira suspeita de caso de Covid-19 em menos de uma semana de retomada das aulas presenciais mostra o erro do governo municipal”
“A primeira suspeita de caso de Covid-19 em menos de uma semana de retomada das aulas presenciais mostra o erro do governo municipal. O Sindicato é contra a volta das aulas presenciais no pico da pandemia e sem a tomada de todos os cuidados para evitar a contaminação pelo novo coronavírus”, diz a nota. A entidade diz que a situação será informada ao Ministério Público do Trabalho (MPT).
O sindicato diz ter pedido à Administração, um sistema de testagem de toda a comunidade acadêmica; vacinação, EPIs de qualidade e em quantidade para atender trabalhadores e estudantes, protocolos sanitários adequados para cada faixa de idade, escolas em condições de atender os protocolos, além de teletrabalho para grupos de risco e comorbidades.
Outro lado
Por meio de uma nota, a Secretaria de Educação diz que segue todas recomendações indicadas pelas autoridades de saúde, entre as quais, afastar imediatamente funcionários ou alunos que apresentem qualquer sintoma gripal.
De acordo com a nota, os casos são automaticamente reportados aos serviços de saúde competentes para o acompanhamento e adoção das medidas preconizadas.
“Não são todos os casos positivos de Covid-19 entre trabalhadores e alunos que a transmissão ocorre na escola”
“Não são todos os casos positivos de Covid-19 entre trabalhadores e alunos que a transmissão ocorre na escola. A equipe da Vigilância em Saúde faz a investigação dos casos, para definir se houve ou não provável infecção no ambiente escolar”, diz a secretaria na nota.
“Para prevenir e minimizar os riscos de transmissão do coronavírus, a Secretaria de Educação adotou as medidas indicadas pelas autoridades sanitárias. As escolas passam por processo de higienização, a cada troca de turno; as mochilas dos alunos são higienizadas; e a temperatura corporal de alunos, professores e funcionários é aferida”, garante.
A secretaria diz que também está incorporada à lavagem das mãos e higienização com álcool gel; uso de máscaras e face shield; e as carteiras nas salas de aulas, assim como os lugares nos refeitórios são disponibilizados com um distanciamento de 1 metro e meio.
Por fim, diz que as escolas seguem a capacidade de até 35% do total de alunos matriculados, conforme determinado pelo Plano São Paulo.