Orquídeas, begônias, margaridas, e muitas outras flores encantam todos os olhares e enchem o coração de quem as recebe. Não à toa, esse é um setor que tem conseguido se recuperar rapidamente da crise financeira causada pela pandemia do novo coronavírus. O Ceaflor, Mercado de Flores de Jaguariúna, que distribui para todo o país, projeta vendas 40% maiores na semana do Dia das Mães, em relação ao mesmo período do ano passado.
A retomada da economia e a volta de eventos, como festas de casamentos e outras cerimônias, foi fundamental para a recuperação do setor de flores.
“Estamos com uma perspectiva muita boa em relação ao ano passado, quando a gente estava em um momento difícil. Nesse ano as lojas estão abertas, os eventos voltaram. A perspectiva de venda para o Dia das Mães é bem maior que a do ano passado, em torno de 40%”, comemora Antonio Carlos Rodrigues, presidente do Ceaflor.
Segundo Antonio Carlos, o índice de recuperação superou as expectativas.
“Votamos a um patamar parecido com antes da pandemia e a tendência é que essa recuperação continue. Tem produtos que já estão todos vendidos porque a gente faz um trabalho de venda anterior. A loja vai vender no sábado, no domingo, mas a gente já está mandando flores para o Brasil inteiro uma semana antes. A mãe lá do Recife, do Pará, do Rio Grande do Sul, a flor dela já saiu daqui do Ceaflor nessa semana”, explica Rodrigues.
Márcio Oliveira, sócio de um box de vendas, é um dos que tem crescido mesmo em meio às dificuldades da crise econômica. “Quando a gente começou o nosso projeto aqui no Ceaflor, nós tínhamos oito variedades de flores que eram da produção do meu sócio. Hoje a gente está passando de 50 variedades produtos. Eu trago desde o Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, e do meu entorno em Mogi das Cruzes”, conta.
O locatário diz que até pouco tempo estava um pouco apreensivo sobre as vendas. “Três semanas atrás eu estava bem confuso e apreensivo porque era uma incógnita muito grande para a gente. Mas, às vésperas do Dia das Mães surpreendeu demais. A gente já vendeu muito mais do que no ano passado. Eu sou otimista, mas não era tão otimista com o resultado que estou tendo nesse momento”, comemora Oliveira.
A atacadista Patrícia Teodoro Ribeiro Costa, de Mogi Mirim, que trabalha com dois caminhões, levando flores para comercializar em goiás, Tocantins, Maranhão e Pará, também comemora. “A expectativa de vendas está muito grande porque a pandemia está bem menor, já está liberado para a gente trabalhar. O Dia das Mulheres já foi muito bom, então a expectativa para o Dia das Mães é de ser espetacular. Algumas flores de corte a gente nem encontra mais”, diz.
“O nosso Dia das Mães é uma semana antes praticamente antes. Essa data é considerada o Natal do setor”, Antonio Carlos Rodrigues.
O Ceaflor movimenta cerca de R$ 950 milhões por ano e o Dia das Mães é considerada a principal data para o setor. “O Dia das Mães representa em torno de 25% do que é faturado no ano, com o setor de vasos, que são as flores plantadas, que são dadas de presente, e também o setor de cortes, que são as flores que fazem os buquês, que tem uma movimentação muito grande nessa semana”, diz o presidente.
Apesar de um grande volume de produtos comercializados ser destinado ao mercado atacadista compreendido por garden centers, supermercados, floriculturas e empresas de decoração e paisagismo -, o Ceaflor é aberto também ao varejo. Ao consumidor final é igualmente oferecida a oportunidade de compra direta.
CRESCIMENTO
O Ceaflor completou dois anos, em setembro de 2021, e já ganhou uma ampliação no começo desse ano. O número de box saltou de 676 para 946. Além disso, as vagas para caminhões aumentaram de 350 para 700, além de outras 1.000 para veículos pequenos.
“A gente consegue em um dia de comercialização como esse, ter aqui 4.000 veículos entre carros pequenos e caminhões”, explica o presidente.
Nessas datas especiais são cerca de 750 caminhões diariamente sendo abastecidos para levar as flores para todas as regiões do país.