Assim como os humanos, os pets também necessitam de uma atenção a mais com a saúde durante o inverno. Com as baixas temperaturas, é preciso ficar alerta aos sintomas para que, caso o bichinho fique doente, receba tratamento adequado e possa ser rapidamente curado.
A médica-veterinária, docente e supervisora da Clínica de Pequenos Animais do Hospital Veterinário do Grupo UniEduK, Danieli Perez Fernandes, confirma que algumas doenças podem acometer ainda mais a saúde dos animais durante o frio.
Em cachorros, por exemplo, a mais comum nesse período é a tosse dos canis ou Traqueobronquite Infeciosa Canina (TCI), também popularmente conhecida como gripe canina.
“É uma doença que acomete principalmente vias aéreas superiores e que pode apresentar como sintomas secreção nasal, febre, engasgos e em casos mais graves pneumonias. Vale a pena lembrar que essa doença pode afetar a espécie também em outras épocas do ano”, alerta Danieli.
Considerada altamente contagiosa também durante todo o ano, a cinomose ou Canine Distemper Virus (CDV) é uma doença viral que se torna ainda mais perigosa aos cães com a chegada do frio. A doença contém fases de acometimento respiratório, gastrointestinal e até neurológico, podendo levar o animal a ter graves sequelas e até mesmo ir a óbito.
Outro problema bastante comum em cachorros durante o inverno é com a pelagem. Apesar de importante proteção contra a variações da temperatura no corpo do animal, servindo como isolante térmico, os pelos não impedem que os problemas de pele surjam com o frio.
Assim como nos cães, os felinos também sofrem com as “doenças de inverno”. Danieli alerta para a rinotraqueíte, também conhecida como gripe felina. “É uma enfermidade que acomete o trato respiratório dos gatos, podendo apresentar sinais como espirros, secreção nasal e lesões oculares”, revela.
Portadores de doenças articulares, como artrose e artrites, gatos idosos acabam tendo também um agravamento das dores. Ainda no frio, os felinos tendem a dormir por mais tempo. Isso faz com que utilizem a caixa de areia com menos frequência, predispondo a retenção urinária e fecal. O animal pode também ganhar mais peso, uma vez que se exercita menos.
Como prevenir
Para auxiliar cães e gatos na prevenção contra as doenças mais comuns no inverno, os tutores devem tomar algumas providências no dia a dia. Evitar passeios em dias gelados e banhos frequentes, principalmente em pets idosos, são duas delas.
“É preciso evitar a exposição dos animais a mudanças bruscas de temperatura e ambientes úmidos. Boas práticas de manejo e uma vacinação correta também auxiliam a manter nossos ‘pacientes’ mais saudáveis”, informa Danieli. “Providencie ainda roupinhas de frio, casinha ou cobertores, para que tenham um lugar quentinho e aconchegante para dormir. “Por fim, para garantir segurança aos pets, é preciso impedir que fiquem próximos de lareiras e aquecedores.”
Se mesmo com os cuidados os animais apresentarem algum sintoma ou comportamento estranho, será necessário o encaminhamento imediato para consulta com médico-veterinário. Em Indaiatuba e Jaguariúna, o Grupo UniEduK tem estrutura completa em seus hospitais veterinários para atendimentos de urgência e emergência 24h.