O prefeito Dário Saadi (Repub) foi às redes sociais na manhã desta sexta-feira para reafirmar a decisão da Secretaria Municipal de Educação de que o recomeço das aulas na rede pública ligada à Prefeitura acontecerá mesmo no dia 7 de fevereiro, uma segunda-feira. Em post ele argumenta que o reinício do ano letivo “considera o avanço da vacinação, que passa dos 95% do público-alvo, os estudos da Vigilância em Saúde, além do prejuízo pefagógico caso houvesse adiamento”. Nas unidades conveniadas à Administração, a previsão de retorno é dia 24, próxima segunda-feira.
Dário pondera em sua mensagem que as escolas “estão preparadas para a recepção dos alunos, professores e funcionários, com toda a segurança, como determinam os protocolos sanitários.” Por conta do anúncio de que Campinas manteria a data para a volta às aulas, anunciada no início dessa semana, o Ministério Público do Trabalho (MPT) definiu nesta quinta-feira (20) um prazo de cinco dias para que a Pasta da Educação esclareça se será realizada a testagem em massa dos trabalhadores, antes do retorno às aulas presenciais, marcado para o dia 7 de fevereiro.
O prazo foi definido pela procuradora Clarissa Ribeiro Schinestsck, depois de denúncia do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Campinas (STMC) que apontava desrespeito aos protocolos sanitários em escolas. A secretaria informou que ainda não foi notificada sobre a decisão e quando isso ocorrer, vai prestar todos os esclarecimentos.
O prefeito escreveu em seu post que “as unidades foram equipadas com totens de álcool gel”. Afirmou também que “os quase 55 mil estudantes da rede municipal receberão kits com máscaras e frascos de álcool” e que “os educadores também vão ganhar o mesmo conjunto, além de máscara face-shield”, aquella que cobre o rosto.
Especificações
No despacho, a procuradora quer que a Pasta da Educação “especifique o tipo de máscara que será fornecido para a equipe escolar, a quantidade a ser disponibilizada para cada profissional, a previsão de entrega e de substituição ao longo do ano, bem como anexe aos autos as notas que comprovem a aquisição”.
A procuradora do MPT solicita ainda que o governo municipal informe “se está prevista algum tipo de capacitação ou treinamento para reforço dos protocolos sanitários antes do início das aulas”.
Na denúncia protocolada neste mês pelo Sindicato, foram anexadas fotos e vídeo que mostram o relaxamento dos protocolos sanitários em uma unidade escolar de Campinas. A situação de risco de contaminação foi denunciada por trabalhadores.
A rede municipal
Campinas tem 179 escolas da rede municipal. São 54,7 mil estudantes entre Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Em relação aos parceiros, são 29 creches Bem Querer (conveniadas) e 44 entidades colaboradoras.