Elevação das taxas de inflação, dos juros, crises hídrica e energética e a desvalorização do real frente ao dólar frustram as pretensões de recuperação do Emprego e Renda neste final de 2021. Na avaliação do economista Laerte Martins, diretor da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic), a esperada retomada ficará abaixo das expectativas. “Prevemos um crescimento lento e baixo até o final de 2021 e, em vez de uma expansão mais arrojada, um nível de desemprego em elevação”, diz.
A análise do economista é feita a partir dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), tendo como base o mês de setembro de 2021 e o acumulado do ano.
Na Região Metropolitana de Campinas (RMC), por exemplo, foram gerados 4.832 postos de trabalho em setembro de 2021 e, no acumulado do ano, foram criadas 60.803 novas vagas, o que corresponde a 412,29% acima dos 19.470 empregos eliminados no acumulado de 2020.
Os setores que mais empregaram em setembro na região foram a Indústria, Serviços, Comércio, Construção Civil e Agropecuária.
Apenas em Campinas foram gerados 1.619 postos de trabalho em setembro de 2021. No acumulado do ano as novas vagas somam 20.431 oportunidades de trabalho com carteira assinada, 265,35% acima dos 12.356 postos eliminados no acumulado de 2020. Em Campinas, o setor de Serviços foi o que mais empregou, seguido do Comércio e da Construção Civil.
“Para 2022, continua a incerteza na geração de Emprego e Renda em função, principalmente, da instabilidade econômica e, menos, pelos efeitos da pandemia da covid-19″, diz o economista.