Dezesseis dias após a confirmação do primeiro caso no Brasil, chega a 11 o número de brasileiros infectados pela varíola dos macacos. Sete deles são do estado de São Paulo e três vivem em cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC). Com a confirmação da secretaria municipal de saúde, Indaiatuba agora tem dois casos, ambos “importados”, e Vinhedo outro – o paciente já recebeu alta médica.
A primeira confirmação da infecção no Brasil ocorreu em 6 de junho, quando um homem de 41 anos, que tinha viajado para a Europa, foi internado no isolamento do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo. O paciente recebeu alta após 14 dias.
Conforme a Prefeitura de Indaiatuba, o segundo caso da cidade é de um parente do primeiro infectado, ambos com histórico de viagem para a Europa. O primeiro a ter confirmação para a doença na cidade foi um homem de 28 anos, e o segundo é outro homem, de 38 anos, que já estava em isolamento devido ao contato com o outro infectado.
A Vigilância Epidemiológica de Indaiatuba informou que as lesões surgiram na tarde de segunda-feira (20) e que o resultado foi confirmado nesta quarta-feira (22) pelo Instituto Adolfo Lutz.
O Ministério da Saúde, por meio da Sala de Situação e do Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (CIEVS) Nacional, segue em articulação direta com o estado de São Paulo para o monitoramento dos casos e rastreamento dos contatos.
No momento, o Brasil registra 11 casos confirmados, sendo sete em São Paulo, dois no Rio Grande do Sul e dois no Rio de Janeiro. Mais dez casos suspeitos permanecem em investigação. Dois dos casos confirmados receberam alta e os outros seguem isolados e em monitoramento.
A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro informou hoje (22) que investiga cinco casos suspeitos do vírus monkeypox, causador da varíola dos macacos. Das 17 notificações sobre possíveis contaminados até agora no estado, duas foram confirmadas, cinco estão em análise e dez foram descartadas.
Vacina
Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), demonstrou-se por meio de vários estudos observacionais que a vacinação contra a varíola tem uma eficácia de 85%, ajudando a prevenir ou atenuar a doença por varíola dos macacos.
No entanto, deve-se ter em conta que a vacinação contra a varíola foi finalizada em 1980, após esta doença ser erradicada. Por isso, atualmente, as pessoas com menos de 50 anos (dependendo do país) podem ser mais suscetíveis à varíola devido ao término das campanhas de vacinação contra a doença em todo o mundo após sua erradicação.
Não há tratamentos específicos para a infecção pelo vírus da varíola dos macacos. Os sintomas costumam desaparecer espontaneamente