O prefeito Dário Saadi (Republicanos) disse nesta terça-feira (1) em entrevista coletiva, que Campinas está “no limite para a explosão da 3ª onda”, mas ainda assim, descartou a possibilidade de adotar medidas mais rígidas de restrição na circulação de pessoas ou no funcionamento de atividades econômica, como fez a cidade de Amparo, que integra a Regional de Saúde de Campinas. A cidade entrou hoje na Fase Emergencial do Plano SP – quando só funcionam os serviços essenciais – e no final de semana adotará um lockdown – com fechamento de todos os serviços.
Indicadores apontam para uma preocupação, mas não recomendam fechamento
Dário disse que os indicadores precoces usados pela Administração para aferir tendência de agravamento da pandemia, apontam uma preocupação, mas ainda não recomendam medidas mais drásticas.
“Nós estamos seguindo os indicadores de monitoramento precoce”, explicou ele. De acordo com o prefeito, os técnicos da secretaria de saúde analisam dados como volume de consultas de pessoas com sintomas de síndromes gripais e de pessoas sintomáticas respiratórias que chegam à unidade básica de saúde, às UPAs e aos gripários.
Além disso, afirma, são monitoradas informações sobre percentuais de RTPCR positivo em relação a todos os exames realizados e o percentual de casos graves em relação ao total de casos atendidos com síndrome gripal.
De acordo com o prefeito, os números analisados esta semana, permitem que a cidade continue com o grau de restrição existente hoje. “Mas, se esse indicadores precoces nos mostrarem um aumento maior; um pico, nós iremos sim, tomar as medidas”, afirmou. “Estamos trabalhando da mesma forma que trabalhamos quando do enfrentamento da segunda onda”, garantiu.
Campinas registrou nesta terça-feira, uma taxa de ocupação de leitos de 93,73% – somando-se as redes pública e privada. Só no SUS Municipal, a taxa bateu em 98,04%. No SUS Estadual chegou a 97,50%.
Barreiras
O prefeito anunciou que Campinas vai aderir às ações adotadas pelo Conselho da Região Metropolitana e pretende implantar barreiras sanitárias para tentar inibir a circulação do vírus na cidade durante o feriado prolongado de Corpus Christi, numa ação que, segundo ele, pretende atingir 3,5 milhões de pessoas em toda a RMC.
Disse ainda, que vai intensificar as ações de fiscalização em festas clandestinas e pancadões; no funcionamento de bares, restaurantes e casas noturnas. E fez um apelo para que as pessoas deixem de se aglomerar.
“Estamos no limite de ter um pico no número de casos no atendimento da rede básica”
“Estamos no limite de explosão de uma terceira onda. Estamos no limite de ter um pico no número de casos no atendimento da rede básica, que vai significar daqui quatro, seis, oito semanas uma sobrecarga imensa na nosso sistema de atendimento hospitalar”, disse o prefeito
“Por isso esse feriado, é muito importante pra gente segurar essa possibilidade de uma terceira onda. Por isso, mais uma vez, apelo para que as pessoas não se aglomerem; que evitem festas clandestinas e que evitem aglomerações nos barres e restaurantes”, pediu.
“Um feriado como esse é muito chamativo para festas. Nós vamos fiscalizar festas clandestinas, mas muitas vezes, uma reunião familiar, com um grande número de pessoas, com bebida alcoólica, também pode ser terrível para a transmissão do vírus”, advertiu o prefeito.