O empate por 0 a 0 com o Operário, na noite da última terça-feira (22), no Moisés Lucarelli, aumentou o martírio da Ponte Preta, que completou 10 jogos sem vitória, um jejum equivalente a 50 dias, além de 400 minutos sem marcar gol. No entanto, apesar da enorme pressão da torcida por conta dos resultados adversos, que deixam a equipe lanterna da Série B, com apenas dois pontos em seis rodadas, o técnico Gilson Kleina encontra motivos para comemorar relacionados ao desempenho da equipe.
“Melhoramos a parte ofensiva, fomos mais agressivos, preenchemos a área, colocamos jogadores para combate, tivemos jogadas pelo lado, triangulações, bola parada e chances reais para finalizar. Tenho que parabenizar a nossa equipe, que veio com postura e mentalidade para sair vencedora. Se houve um time que ficou muito próximo de ganhar o jogo, entendo que foi a Ponte Preta”, apontou Kleina.
“Jogamos contra uma equipe bem formatada, que contrata pontualmente e tem uma forma definida de jogar, com um treinador que está há praticamente um ano”, valorizou Kleina.
O comandante da Macaca elogiou, em especial, a dupla de volantes formada por Dawhan e Vini Locatelli. O primeiro, inclusive, despertou interesse do Cruzeiro e pode estar com os dias contados em Campinas, mas a Ponte Preta não tem a intenção de liberá-lo. “Nossos dois volantes tiveram um papel muito importante porque sustentaram, controlaram o jogo por trás e tiveram inversão de jogadas. O Dawhan é um grande jogador e, dessa maneira que atuou, chama atenção mesmo. Porém, é um momento que temos poucos jogadores nessa posição”, alertou Kleina.
“Já o Locatelli fez um grande jogo, verticalizou, atacou espaço e preencheu as costas laterais. Ele é um jogador técnico, inteligente, um passador que tem a leitura do jogo. Antes, estava tocando muito para o lado e para trás. Se não tiver um jogador à sua frente, dificilmente o futebol dele vai aparecer. Pela primeira vez, conseguimos extrair um pouco mais do posicionamento do Locatelli, então aos poucos vamos evoluindo cada atleta”, disse Kleina.
Por fim, Gilson Kleina clama por uma atmosfera de positividade para superar esse atual momento de dificuldade dentro e fora de campo. “A gente sabe que está passando por uma situação delicada, mas em momento algum estamos perdendo a confiança. Temos totais condições de reagir e reverter, mas isso só vai acontecer se o ambiente for favorável, então é necessário criar um clima de ambição e fator positivo. É claro que nos incomoda essa pontuação muito baixa, mas se você pegar essa mesma rodada no ano passado, o Paraná era líder e depois foi rebaixado, enquanto CSA e Sampaio Corrêa estavam na zona de rebaixamento e quase foram buscar o G4”, concluiu.