Adversários no domingo (6) pela 11ª rodada da Série C, no Paraná, Guarani e Londrina têm em comum o fato de já terem celebrado conquistas em divisões superiores do Campeonato Brasileiro. Ambos foram campeões da Série B numa época em que a competição era conhecida como Taça de Prata. E os triunfos vieram em anos subsequentes.
A equipe paranaense comemorou aquele que é considerado o maior título de sua história em 1980, um ano antes de o Guarani levantar o mesmo troféu. Do lado bugrino, a conquista é a segunda mais importante, depois do título da Série A de 1978.
O Londrina conquistou a Taça de Prata com uma goleada por 4 a 0 sobre o CSA, no Estádio do Café, em Londrina no dia 18 de maio, com gols de Paulinho (2), Zé Antônio e Lívio.
Antes mesmo do fim do jogo, após um apito do árbitro José Roberto Wright, a torcida invadiu o gramado. Assustados, os jogadores tentaram correr para os vestiários, mas muitos deles perderam algumas peças dos uniformes, arrancadas pelos torcedores mais eufóricos. O jogo conseguiu ser reiniciado e, após o apito final, o torcedor invadiu de vez e fez a festa.

O time tinha nomes como o experiente Vanderlei Paiva, ex-Atlético-MG e Ponte Preta, e o meia Lívio, ex-Cruzeiro. Ali foi revelado também o meia Everton, que se destacou depois pelo São Paulo e jogou também por Atlético-MG, Corinthians e Porto, de Portugal.
O atacante Paulinho ficou no time ainda em 1981 e depois defendeu o Santos, junto com o lateral-direito Toninho.
Guarani campeão
O título bugrino marcou o início de uma fase de reestruturação depois da negociação de jogadores importantes em razão da necessidade de o clube cobrir as despesas com a construção do tobogã. Careca e Jorge Mendonça eram os destaques do time, que contava também com o ponta direita Lúcio, contratado junto ao Palmeiras.
O Guarani avançou à decisão após duas vitórias sobre o Comercial-MS e disputou o título contra o Anapolina. Na primeira partida da decisão, em Anápolis, a equipe campineira ganhou por 4 a 2. Com 15 minutos de jogo, já vencia por 3 a 0, gols de Careca (2) e Lúcio. No segundo tempo, os donos da casa conseguiram diminuir para 3 a 2, mas Miranda definiu o placar.
O Bugre levou um resultado importante para a segunda partida em Campinas, mas perdeu Careca, que foi punido com o terceiro cartão amarelo e precisou cumprir suspensão. Seu substituto foi Marcelo, que se tornou o herói da conquista ao marcar o gol bugrino no empate por 1 a 1 que garantiu a taça para o Guarani. Com 11 gols, Jorge Mendonça foi o artilheiro da competição.
No domingo, com as estrelas prateadas no peito, os dois times se encontram às 16h30, no Estádio Vitorino Gonçalves Dias, carregando a meta de voltarem a reviver as conquistas do passado.