Em reunião virtual realizada na noite da última segunda-feira (30), foram apresentados aos sócios do Guarani mais detalhes da construção da nova arena do clube. No encontro, estiveram presentes sócios-proprietários do Bugre, Ricardo Moisés, presidente do Conselho de Administração, membros da diretoria, do Conselho Fiscal, da Comissão Imobiliária, além de Marcelo Galli, presidente do Conselho Deliberativo.
Denominado inicialmente como “Arena Guarani”, o projeto prevê a construção de um novo estádio para o Bugre.
Denominado inicialmente como “Arena Guarani”, o projeto prevê a construção de um novo estádio para o Bugre, um centro de treinamentos (CT), clube social e estacionamento, em uma área na Rodovia dos Bandeirantes, em Campinas, próximo à estrada Dr. José Bonifácio Coutinho Nogueira e às rodovias José Roberto Magalhães Teixeira e Lix da Cunha. O espaço já é propriedade do time campineiro.
No encontro desta segunda-feira (30), o arquiteto Celso Grion Maleronka, da Effect Arquitetura, responsável pelo projeto, foi enviado pela Magnum para explicar os detalhes da obra. Ele respondeu dúvidas dos associados do Guarani.
O profissional trabalha com a Federação Paulista de Futebol (FPF) e é responsável pela elaboração dos projetos de centro de treinamentos construídos em todo o estado de São Paulo. Ele também esteve à frente de empreendimentos para as Olimpíadas Rio 2016 e da Fórmula 1 no Brasil, na reforma do Autódromo de Interlagos.
Na apresentação, o arquiteto destacou o tamanho do terreno que pertence ao Guarani que tem 150 mil metros quadrados, sendo que uma construção deste porte exige no mínimo 60 mil metros quadrados. De acordo com o projeto, a ideia é que o estádio ocupe 87 mil metros quadrados, 30 mil metros quadrados sejam destinados ao CT e 20 mil metros quadrados para a sede administrativa, estacionamento e clube social. Os 11 mil metros quadrados restantes fazem parte de uma área de preservação permanente (APP) e não podem ser ocupados.
Também foi mostrado outros pontos que, segundo o arquiteto, são positivos, como o fato de o estádio ser construído ao lado da rodovia com facilidade de acesso em Campinas, São Paulo e Aeroporto Internacional de Viracopos, segurança, público mais heterogêneo, redução de brigas entre os torcedores, custos de implantação, desenho moderno e mais adaptado às novas exigências. Foram levados em conta outros pontos como conforto, vias de acesso bem dimensionadas para receber alto fluxo de veículos e pessoas, estacionamentos e outros apoios sem causar transtornos nas adjacências.
Em comparação ao primeiro projeto apresentado, estava previsto 500 vagas de estacionamento e agora ficou garantido 2 mil vagas para os torcedores. O estádio inicialmente terá capacidade de receber 12 mil torcedores com a possibilidade de expandir até para 25 mil espectadores. O CT terá dois campos de futebol, duas quadras multiuso e duas quadras de futebol social.
Próximo passo
No dia 15 de setembro, os sócios-proprietários do Guarani vão votar para decidir se a área localizada na Rodovia dos Bandeirantes será utilizada no desenvolvimento da obra e, consequentemente, na construção de todo o complexo esportivo.
Se a ideia for aprovada, a empresa contratada pelo grupo Magnum vai seguir os próximos passos para a construção de estádio, CT e clube social no local. Se a ideia for reprovada, a diretoria do Guarani será obrigada a procurar uma nova área para seguir com o projeto.
Vale lembrar que o todo o complexo do Brinco de Ouro da Princesa só será entregue à Magnum após a conclusão das obras do novo empreendimento do clube.
Histórico
Desde quando arrematou o Brinco de Ouro da Princesa em um leilão realizado em 2015, em meio à grave crise financeira do Guarani na época, a Magnum se comprometeu a entregar para o clube no mínimo uma arena semelhante à Fonte Luminosa, em Araraquara, além de um CT e uma estrutura de clube social.
O Alviverde ficou também com direito a receber 14% do Valor Geral de Venda (VGV) em relação ao projeto imobiliário de torres comerciais e residenciais que será construído onde atualmente está localizada a casa bugrina. O time campineiro, no entanto, não tem participação no VGV do shopping e do hotel também previstos para serem erguidos na mesma área.