A alta demanda de eventos de negócios e as grandes festas na Região Metropolitana de Campinas (RMC) puxaram a taxa de ocupação dos hotéis da região para 56,59% em junho. O índice, embora abaixo de maio (58,54%), foi superior quando comparado ao mesmo mês de junho de 2019 (48,89%), antes da chegada da pandemia de coronavírus.
Os dados são da pesquisa mensal realizada pelo Campinas e Região Convention & Visitors Bureau (CRC&VB) junto aos estabelecimentos de sua área de atuação.
Na avaliação do CRC&VB, a recuperação da hotelaria, medida pela taxa de ocupação dos quartos se mantém em alta desde o segundo semestre de 2021. “Nos meses de junho e julho, com as férias escolares, os eventos diminuem, uma vez que a procura maior por parte das pessoas é pelo turismo de lazer, que representa menos de 20% para os hotéis da RMC”, explica Vanderlei Costa, presidente do Campinas Convention Bureau.
Apesar do recuo na taxa de junho, ele lembra que a demanda por espaços para eventos corporativos ainda está forte, consequência do represamento de dois anos.
“O último levantamento divulgado pela Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios Contínua de Turismo 2020/21 reforça esta percepção”, explica ele. “Nestes dois anos da pesquisa, o Estado de São Paulo já havia sido o destino mais buscado pelos viajantes brasileiros, com uma em cada cinco viagens (20,6%), movimentando R$ 1,8 bilhão em gastos. E estes números deverão ser ainda melhores neste ano, completa Costa.
No tocante ao valor médio da diária, o levantamento do CRC&VB apontou uma tarifa média de R$ 262,13 em junho último.
Costa lembra que o setor de hotelaria movimenta mais de 50 segmentos na região, como eventos, bares, restaurantes, transportes, segurança, dentre outro, que empregam mais de 40 mil pessoas.