Em busca do equilíbrio para rebater o clima exaustivo global com os desafios pós-Covid em tempos conturbados, desde conflitos de guerra da Ucrânia à crise financeira, nada melhor que encontrar a paz e o refúgio dentro do nosso lar.
Valores como bem-estar físico, mental e espiritual, além do aconchego, proteção e peças que nos remetem às memórias afetivas ganham ainda mais relevância em um projeto. Uma viagem ao nosso infinito particular.
Esse é o tema da Casa Cor 2022, uma das maiores mostras de arquitetura e decoração das Américas, que acontece em vários estados do Brasil, levando arquitetura, design, arte e paisagismo aos amantes das tendências do novo morar.
A mostra paulistana, que vai celebrar a edição comemorativa de 35 anos da marca, será de 5 de julho a 11 de setembro, no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, um dos mais importantes marcos arquitetônicos da cidade. Já marca na agenda.
“Este tema da Casa Cor 2022 mostra a necessidade das pessoas darem forma ao seu infinito particular. Isso se intensificou nos últimos dois anos com a pandemia, principalmente nas casas de veraneio, consideradas um refúgio e um local para se isolar”, diz o arquiteto e urbanista, Adriano Ogushi , do escritório de arquitetura e urbanismo que leva seu nome @adrianoogushi, especialista em projetos e construção de residências e casas de veraneio.
Claro, que uma casa com essas características, não é feita do dia para a noite. Ela é resultado de experiências e escolhas pessoais.
“Com o isolamento, as pessoas querem sentir-se num local aconchegante, protegido, já que buscam por um acolhimento e suporte emocional. O morador precisa olhar para dentro da casa e se reconhecer. Quando levamos evidências de suas lembranças, esse espaço se torna um porto seguro cheio de emoções”, diz Ogushi.
Para isso, o profissional de arquitetura e décor deve trabalhar focado no íntimo de tudo que o cliente traz de informações e o que espera em sua casa.
“Por isso, as configurações são individuais, conforme o uso e olhares dos clientes, tendo, claro, os conceitos, linhas, traços e volumes que marcam a arquitetura de um escritório, como fazemos com nossos clientes”, completa o arquiteto.
Com a necessidade do home office, as casas se viram em inúmeras funções e possibilidades.
“Além do conforto, a funcionalidade dos ambientes virou essencial, acompanhando as tendências e tecnologias, além da necessidade do paisagismo dentro e fora. Essa pluralidade é feita com o infinito particular de cada família, casal e filho, uma auto identificação da casa. Onde elas não conseguem imaginar a casa não sendo delas, pois levam suas características e nossa missão é fazer da melhor maneira”, diz o profissional.
São lares pensados para suprir todas as necessidades dos moradores, que desejam ainda manter-se em isolamento em nome da conveniência dentro do aconchego minimalista de sua casa, seu porto seguro.
Daniela Nucci é jornalista – [email protected]