Em duelo de duas equipes que aparecem na lista dos quatro piores ataques do campeonato, o resultado não poderia ser outro. No reencontro do técnico Gilson Kleina com o torcedor alvinegro, desta vez como adversário, a Ponte Preta completou quatro jogos sem vitória, mas interrompeu a sequência de duas derrotas consecutivas, enquanto a Chapecoense amargou o seu quinto tropeço seguido, ao empatarem por 0 a 0 na noite desta terça-feira (24), no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, pela 9ª rodada da Série B.
Com o resultado de igualdade, a Macaca chegou aos nove pontos, subiu uma posição na tabela e dormirá na 13ª colocação. No entanto, dependendo dos resultados do complemento da rodada, a Ponte pode até terminar o próximo fim de semana dentro da zona de rebaixamento.
A Chapecoense, por sua vez, completou cinco jogos sem balançar as redes, mas segue sem sofrer nenhum gol como visitante na Série B. A equipe catarinense somou o seu 11º ponto na competição e aparece agora de forma provisória na primeira metade da tabela, pulando da 11ª para a 8ª posição.
O jogo
Em um primeiro tempo muito fraco tecnicamente, com poucas chances claras de gol, a única oportunidade de real perigo da Ponte Preta veio dos pés do atacante Lucca, que retornava ao time após dois jogos afastado por problemas no joelho. Aos 6′, o artilheiro da Macaca se infiltrou na área pelo lado direito e, sem ângulo, exigiu boa defesa do goleiro ex-bugrino Vagner.
Além de Lucca, o técnico Hélio dos Anjos também contava com o retorno de outros quatro jogadores titulares: o zagueiro Fábio Sanches, o lateral-direito Norberto, o lateral-esquerdo Artur e o volante Felipe Amaral, que cumpriu suspensão automática na rodada passada. Por outro lado, o comandante da Macaca não pôde contar com o volante Ramon Carvalho e o atacante Danilo Gomes, que tomaram o terceiro cartão amarelo na derrota por 2 a 1 para o Bahia.
Do lado visitante, a Chapecoense ameaçou em poucas ocasiões, uma delas aos 37′, quando Marcelo Freitas arriscou da meia-lua, mas a bola subiu demais e passou por cima do gol de Caíque França.
Na segunda etapa, o goleiro Vágner entrou em ação para salvar a Chapecoense em duas ocasiões, uma ainda antes do primeiro minuto e a outra nos acréscimos. Na primeira delas, ele defendeu chute à queima-roupa de Pedro Júnior dentro da pequena área e salvou a pele do zagueiro Léo, que vacilou na frente de Fessin no lance. Nos acréscimos, o arqueiro defendeu chute do meia pontepretano na última chance da partida.
Aos 29′, Orejuela roubou a bola de Thiago Oliveira em saída errada e sofreu um chute de bico na canela de Felipe Amaral. O árbitro deu vantagem e Derek bateu cruzado, mas Caíque França salvou com os pés.
Aos 44′, foi a vez de Lima perder chance inacreditável em lance de contra-ataque, desperdiçando a chance de acabar com o jejum de gols da Chapecoense e impor a terceira derrota consecutiva à Macaca.
A Ponte Preta volta a campo daqui a exatamente uma semana para enfrentar o Sport Recife, na próxima terça-feira (31), às 19h, na Ilha do Retiro, na capital pernambucana.
FICHA TÉCNICA:
Ponte Preta (0): Caíque França; Norberto, Thiago Oliveira, Fábio Sanches e Artur (Jean Carlos); Léo Naldi, Felipe Amaral e Matheus Anjos (Luiz Fernando); Fessin, Lucca (Reginaldo Ramires) e Pedro Júnior (Dodô). Técnico: Hélio dos Anjos.
Chapecoense (0): Vagner; Ronei, Léo, Frazan e Fernando; Betinho (Orejuela), Marcelo Freitas, Tiago Real (Lima) e Claudinho (Matheus Bianqui); Luizinho (Maranhão) e Jonathan (Derek). Técnico: Gilson Kleina.
Local: Estádio Moisés Lucarelli, Campinas (SP).
Público: 2.152 pagantes (2.234, no total).
Renda: R$ 36.100,00.
Juiz: Marielson Alves Silva (BA).
Cartões amarelos: Thiago Oliveira, Felipe Amaral, Léo Naldi e Lucca (PON); Betinho (CHA).