Vitorioso em apenas uma das cinco primeiras rodadas do Paulistão, o Guarani é lanterna do Grupo A, com quatro pontos conquistados, e amarga a 15ª posição na classificação geral da competição, dentro da zona de rebaixamento. Em meio à crise que ronda o Brinco de Ouro da Princesa, Michel Alves, superintendente de futebol do clube, concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira (11) e demonstrou confiança na recuperação da equipe.
“Primeiro, é natural que a gente esteja incomodado em função daquilo que a equipe apresentou, especialmente nos jogos contra Mirassol e Botafogo. A gente também tem que trabalhar no sentido que é o primeiro momento nosso, em quatro jogos seguidos, sem o resultado positivo. A equipe apresentou um belo futebol na estreia e foi elogiado por todos. A equipe fez um baita jogo contra o Santos e é isso. Esse é o Guarani e é isso que nós queremos”, pontuou Michel Alves.
“Os atletas são conscientes disso, a comissão (técnica) também e a gente tem muita confiança no trabalho. A gente conseguiu dar uma sequência em uma comissão técnica que nos entregou um resultado, especialmente no ano em que passou. Nós brigamos até o final (pelo acesso à Série A)”, completou.
Na derrota por 2 a 0 diante do Botafogo de Ribeirão Preto, na última quarta-feira (9), no Brinco de Ouro da Princesa, o volante Eduardo Person e o meia Giovanni Augusto bateram boca dentro de campo. Questionado, Michel Alves comentou o episódio e garantiu que não existem divisões e problemas de relacionamento dentro do elenco do Guarani.
“É engraçado, mas extremamente normal isso (discussão entre jogadores). Isso é o resultado e o reflexo do resultado. O ambiente do vestiário hoje, em função do resultado, tem indignação, inconformidade por parte dos próximos atletas, mas uma confiança muito grande. Há uma confiança plena no trabalho e há confiança plena nos atletas. Um ponto: a discussão não foi pesada. É uma troca dentro da partida e do calor da partida, porque o resultado não veio, mas absolutamente nada além disso. Não existe divisão e não existe grupo”, garantiu o dirigente.
“Sempre quando há uma ou outra derrota ou uma dificuldade, os primeiros aspectos e respostas são de grupo dividido, grupo não fala com quem, superintendente não cobra, ou grupo de amigos, ou é grupo daqui. Então não existe isso, não tem isso, Já tivemos prova dos próprios atletas que estiveram aqui dando respostas falando que o ambiente de trabalho é bom. Não é que o ambiente do trabalho não só é bom, mas também é um ambiente de cobrança e também resultado, porque a nossa torcida exige isso e nós trabalhamos em função disso para entregar o melhor para o nosso torcedor. Ninguém falou que isso seria fácil. O grupo está muito fechado e muito concentrado. Existe um respeito muito grande”, destacou.
Montagem do elenco
Após o encerramento da Série B 2021, quatro jogadores titulares deixaram o Guarani; o zagueiro Thales, o lateral-esquerdo Bidu, o meia Régis e o atacante do Bruno Sávio, além do também meia Andrigo, que era reserva, mas tinha espaço na equipe comandada por Daniel Paulista. Para a temporada 2022, o Bugre contratou reforços para substituir esses atletas, como o zagueiro Ernando, o lateral-esquerdo Matheus Pereira, os meias Giovanni Augusto e Vitinho, além do atacante Yago.
Michel Alves foi questionado sobre as reposições na montagem do elenco deste ano e mostrou confiança que os atletas vão responder à altura a expectativa de recuperação na sequência do Estadual e também na disputa da Série B do Campeonato Brasileiro.
“Agora, falando sobre os reforços, você tem o Régis que foi para o Coritiba. Nós fizemos o esforço todo pela sua manutenção, mas decidiu ir para o Coritiba. O (Bruno) Sávio saiu por uma situação para disputar a Libertadores. Era uma questão de vida que tinha o entendimento do atleta e do seu estafe. O Andrigo é uma situação para Ásia. Era um contrato que não tem como se fazer. Você não consegue nem empatar os valores em função da nossa moeda”, explicou Michel Alves.
“A única situação foi o Thales, que eu lembro que saiu, e o Bidu, que foi para o Cruzeiro. Se você pegar as reposições dos atletas que nós tivemos, eu vejo, sim, muito boas e muito seguras. São jogadores extremamente experientes. Nesse momento em função dessa oscilada, a gente tem muita confiança que eles vão dar o retorno que a gente espera, porque eles têm capacidade e têm histórico para nos entregar isso. A gente está com essa expectativa”, projetou.
Na penúltima posição na tabela de classificação do Campeonato Paulista e em busca da recuperação, o Guarani volta a campo neste sábado (12), quando encara o lanterna Novorizontino, às 16h, no estádio Jorge Ismael de Biasi, em Novo Horizonte.