O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta segunda-feira (17) que Campinas estará entre as cidades brasileiras que receberão doses da vacina da Pfizer/BioNTech. A promessa foi confirmada pelo prefeito Dário Saadi (Republicanos). “Reforcei o pedido e ele falou que a cidade será incluída”, disse o prefeito, no começo da noite.
As doses do imunizante haviam sido reservadas apenas para as capitas, porque exigem condições especiais de armazenamento e distribuição. Precisam ser mantidas em caixas com temperaturas entre -25°C e -15°C por, no máximo, 14 dias. Além disso, ao chegarem às salas de vacinação, as doses devem ser mantidas a uma temperatura que varia entre 2°C e 8°C, e precisam ser aplicadas na população em um período de até cinco dias.
Por conta de tudo isso, o governo restringiu a entrega do imunizante apenas para as capitais – porque seriam locais que teriam estrutura para atender às essas exigências.
O primeiro lote dessa da Pfizer vacina chegou ao Brasil no dia 29 de abril e à época, Dário disse que queria ver Campinas incluída. Ele garantiu que a cidade tinha condições de atender todas as especificações técnicas de armazenamento e aplicação do imunizante.
O prefeito não informou quando a primeira remessa da vacina poderá chegar, nem a quantidade.
Pela manhã, o ministro da Saúde esteve no Rio de Janeiro. Visitou as instalações da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), onde está prevista a produção de uma remessa de 12 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 com Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), que chegará da China neste mês nos dias 22 e 29.
Além dessa produção, a Fiocruz estima a entrega de 18 milhões de doses da AstraZeneca até meados de junho. No momento, esses imunizantes estão em processo de controle de qualidade na instituição, no Rio de Janeiro.
Sirius
Ao lado do ministro da Ciência, Tecnologia, Marcos Pontes, o ministro da Saúde, visitou em Campinas as instalações do Sirius, o acelerador de elétrons brasileiro – que já vem sendo utilizado em pesquisas relacionadas à pandemia.
Considerada a mais complexa infraestrutura científica já construída no país, o Sirius possui em seu núcleo um acelerador de elétrons de última geração, que produz um tipo de luz capaz de revelar a microestrutura de materiais orgânicos e inorgânicos, com impacto em pesquisas de diversas áreas, como saúde, agricultura, materiais avançados e defesa.
Além da linha de luz Manacá, que já está em uso no Sirius, os ministros visitaram também os outros laboratórios que compõem o CNPEM/MCTI: Laboratório Nacional de Biociências (LNBio); Laboratório Nacional de Biorrenováveis (LNBR); e o Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano).