A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com seus vários campi e milhares de alunos, funcionários e professores, iniciou 2022 com o planejamento de retomar as aulas presenciais no próximo dia 3 de março, logo após o Carnaval. Tudo vem sendo feito para que essa meta seja alcançada. Entre as medidas já encaminhadas está a adoção de “salas gêmeas”.
Essa ideia é resultado do desenvolvimento de uma ferramenta digital que, com base no cálculo dos alunos matriculados em 2019, vai avaliar as condições de cada sala e estabelecer a quantidade de pessoas que poderão ocupar o espaço. Caso o número de alunos exceda a capacidade do ambiente, parte dos alunos assistirá a aula em “salas compartilhadas”, ou “salas gêmeas”, por meio de um equipamento específico que está sendo adquirido.
Mas uma nota publicada nesta quinta-feira (20) em suas redes sociais deixa em aberto a possibilidade de revisão desse planejamento. A postagem com a #retomadaunicamp afirma que a universidade “está acompanhando a evolução da pandemia e atenta ao aumento dos casos de Covid-19”. O texto reitera que “todas as medidas de prevenção e cautela devem ser mantidas pela comunidade universitária, não apenas as de cuidado individual, mas também as de cuidado coletivo, como aquelas relativas a situações que possibilitam aglomerações”.
E a Unicamp prossegue, argumentado estar “cautelosa”.
Em trecho da nota desta quinta-feira (20), a universidade observa que “o início das aulas presenciais, programado para março, não deve ser alterado, mas o comitê está atento aos indicadores da situação, assim como às normas regulatórias estaduais e municipais”. E finaliza: “Uma eventual mudança de conduta será imediatamente divulgada à comunidade”.
Repercussão
Imediatamente, a nota gerou repercussão nas redes sociais. Boa parte dos internautas entende que as aulas teóricas deveriam seguir de forma remota. “Anunciar aulas presenciais agora foi um baita tiro no pé! Nem todo aluno é playboy para bancar aluguel não, boa parte de nós já está procurando casa desde já…”, argumenta um estudante.
“Aulas teóricas deveriam continuar a distância”, defende outro. “As teóricas deveriam permanecer a distância”, reforça mais um. “Vola às aulas já”, discorda outro internauta. “No mínimo, um modelo híbrido seria mais adequado”, pondera uma estudante. “Até as aulas das crianças já voltaram. Só os universitários que não podem?”, pergunta um internauta.
Exigência da vacinação
A nota que coloca em aberto a possibilidade de revisão do retorno presencial ocorreum dia depois de outra nota em que a Unicamp faz um lembre: os futuros ingressantes na universidade e nas escolas técnicas terão de apresentar o comprovante de vacinação contra a Covid-19, sob risco de perderem as vagas. O aviso para que os novos alunos fiquem atentos ao esquema vacinal completo exigido para frequência nas aulas presenciais dividiu opiniões, ainda que a maioria se mostrasse favorável à decisão.
A universidade lembrou que para efetuar a matrícula é obrigatório apresentar a comprovação de, no mínimo, uma dose de vacina contra a Covid-19. Os alunos ingressantes deverão apresentar esse comprovante em até cinco dias após a publicação do relatório de matrícula. E destaca: “caso o aluno ingressante deixe de apresentar a comprovação exigida no novo prazo concedido, terá sua matrícula na Universidade cancelada, com a consequente perda da vaga”, informa o post.
A Unicamp já realizou a segunda fase do vestibular. E se prepara para divulgar a lista de aprovados nas próximas semanas.