A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou nesta segunda-feira (10) a campanha “Juntos pela Índia” ou “Together for India” com o objetivo de angariar fundos para apoiar o combate à pandemia no país. Segundo a OMS, o mundo atingiu, pela primeira vez, uma estagnação nos casos de novas infecções e mortes. A tendência de estabilização também ocorre nas Américas e na Europa, consideradas as duas piores regiões de contaminação com o vírus.
Mesmo assim, o diretor-geral da OMS afirma que os níveis permanecem altos. Para Tedros Ghebreyesus, os números são inaceitáveis. Ao todo, foram 5,4 milhões de novas notificações e 90 mil mortes somente na semana passada, em todo o globo. A campanha Juntos pela Índia prevê a compra de cilindros de oxigênio, equipamento de proteção e medicamentos.
Países de rendas alta e média alta já receberam 83% das vacinas produzidas no mundo. Já as nações de rendimento baixo ou médio-baixo, que concentram 47% da população mundial, obtiveram apenas 17% da imunização global.
A OMS afirma que a vitória sobre a Covid-19 inclui mais que imunização. É preciso manter as medidas de prevenção e não baixar a guarda. Uma outra preocupação da agência da ONU é com a proliferação de variantes da Covid-19 um problema agravado pelo contato social, o relaxamento de medidas de combate e a desigualdade na imunização.
Os casos de morte continuam subindo no sudeste da Ásia. O chefe da OMS afirma que qualquer contato com pessoas fora do círculo familiar é um risco e quanto mais interação social, maior a ameaça de contaminação. Ele disse que por ser verão no Hemisfério Norte, as pessoas tendem a sair de casa, e já no Sul, onde é inverno, o ficar em casa também acarreta risco.
Mas para Tedros, o importante é as pessoas conhecerem os riscos enfrentados. Segundo ele, chegará a hora de todos pararem de usar máscaras no momento em que o distanciamento social não seja mais necessário. Mas neste instante, quando a maioria das pessoas não está vacinada, o uso da máscara ainda é necessário. Para doar para a campanha Unidos pela Índia, acesse o site www.who.foundation. (Agência ONU News)