Aberto nesta quarta-feira (28) com o projeto-piloto na empresa de alimentos Arcor – o programa de parceria na aplicação da vacina contra a covid-19 deverá atingir um público de ao menos 100 mil pessoas em Campinas, segundo estimativa da diretora do Departamento de Vigilância Sanitária (Devisa), Andrea Von Zuben.
Segundo ela, até agora, são 23 empresas – que empregam cerca de 70 mil pessoas – mas o programa acabou de ser ampliado também para as escolas. “Com a entrada das escolas, vamos atingir um público de 100 mil ou mais”, afirma ela.
Com 1.500 funcionários, a Arcor deverá imunizar perto de 300 empregados nesta primeira etapa, segundo estimativa do diretor de Capital Humano da empresa, Geraldo Simões Netto. O grupo – de pessoas acima de 30 anos – como o definido pelo programa nacional de imunização – inclui trabalhadores do setor administrativo que – entre eles, os que estavam no sistema de trabalho remoto – e também pessoal do setor de produção.
Para Netto, a parceria tem vantagens como a de evitar deslocamentos do colaborador até os postos de vacinação, muitas vezes em lugares distantes de sua casa. Além disso, avalia, o prejuízo à jornada de trabalho é menor. O diretor disse que aposta no prolongamento do acordo até que todos estejam imunizados ou até mesmo para a hipótese de haver necessidade de imunização anual.
Vacinados
O analista de marketing da empresa, Cristian Aparecido de Macedo Gimenes, 32 anos, disse ter ficado aliviado com a medida. “Nossa foi sensacional. Eu estava querendo muito me vacinar”, disse ele, que mora em Itatiba. O analista contou que vinha encontrando dificuldades para fazer o agendamento da vacina na cidade. “Tentei várias vezes, mas consegui. Quando chegou minha vez, o número (de interessados) explodiu”, afirmou ele, que vinha de um sistema híbrido de trabalho.
“É bom porque abre mais vagas nos postos de saúde. Os funcionários se vacinam aqui mesmo e com isso, se evita aglomeração”, disse o auxiliar de produção, Adonis Cauê Martins Ramos Diniz, que também se vacinou pela manhã na Arcor.
A também auxiliar de produção, Jessica Santos do Nascimento, de 32 anos, aprovou a medida. “Achei a ideia muito bacana, até porque a empresa já tem uma campanha anual em relação a vacina da gripe”, contou. “Eu achei muito legal essa iniciativa de imunizar o funcionário, porque a população de Campinas é muito grande”, acredita.
De acordo com a secretaria de saúde, a aplicação da vacina em outras empresas, vai depender do envio de novas doses do imunizante pelo Ministério da Saúde.
Campinas está com o agendamento suspenso desde o dia 22, justamente porque não recebeu novas doses da vacina.