Única equipe que perdeu os últimos três jogos pelo Campeonato Paulista, a Ponte Preta ainda alimenta chances de classificação, mas começa a olhar, senão com apreensão, com certo cuidado para a parte de baixo da classificação. Estacionada na tabela, com 10 pontos há mais de 10 dias, a Macaca quase conquistou um ponto contra o Ituano, no último domingo (2), mas o resultado acabou escapando no fim.
Para espantar qualquer preocupação e ainda tentar avançar à próxima fase, a ordem é corrigir rapidamente um problema que vem sendo recorrente nas últimas partidas: sair atrás do placar nos primeiros minutos. A solidez defensiva será fundamental para reverter o quadro negativo nas duas partidas restantes, a próxima delas contra o rival Guarani.
“A gente tem tomado gols seguidamente no início e dessa última vez foi bem no comecinho mesmo, o que atrapalha toda a nossa estrutura tática e o nosso plano de jogo. Os jogadores também sentem emocionalmente por conta dessa sequência negativa. Todos nós, que somos profissionais, não podemos entrar desatentos, isso não existe. Não é falta de alerta, os jogadores entram sabendo daquilo que precisam fazer, eles mesmos se cobram e entram na partida querendo buscar o resultado, mas basta um pouquinho de vacilo e espaço que damos ao nosso adversário que somos punidos com um gol logo no começo. Já faz alguns jogos que a primeira bola do adversário entra, então isso tem que ser corrigido o mais breve possível para que a gente não sofra tanto”, pediu o técnico Fabinho Moreno.
Em todos os últimos quatro jogos, a Ponte Preta largou em desvantagem antes dos 30 minutos do primeiro tempo, alcançando a virada apenas sobre o São Caetano. Depois disso, a Macaca passou em branco contra a Inter de Limeira e só balançou as redes do Mirassol depois de sofrer o segundo gol. Diante do Ituano, a equipe alvinegra até reagiu rapidamente, mas sucumbiu na última bola do jogo por conta de um pênalti polêmico de toque na mão.
O técnico Fabinho Moreno sentiu-se prejudicado pelo lance da penalidade, originado de um escanteio cobrado depois dos quatro minutos de acréscimos indicados pelo árbitro Thiago Duarte Peixoto. “Não gosto muito de falar de arbitragem porque não cabe a mim essa análise, mas acho que o árbitro estava bastante nervoso na partida, o que atrapalhou um pouquinho a tomada de decisão. Ele estava cobrando bastante os nossos atletas, usando até palavras fortes para se expressar, mas não estava falando tanto com os jogadores do Ituano. Quando acabou o jogo, falei para ele que o tempo já tinha esgotado quando ele autorizou a cobrança e que deveria ter cumprido com o horário. Também disse que ele tinha estragado o jogo, então me expulsou por isso”, revelou Moreno. Por conta do cartão vermelho, o comandante da Macaca não poderá ficar no banco de reservas no Dérbi 199 contra o Guarani, na próxima quarta-feira (5), às 21h, no Moisés Lucarelli.