Em seu último jogo dentro de casa sem presença de público, em razão das restrições impostas pela pandemia de Covid-19, a Ponte Preta voltou a sofrer um gol de pênalti polêmico nos acréscimos e apenas empatou com o Vila Nova em 1 a 1 na noite deste sábado (2), no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, pela 28ª rodada da Série B.
Os gols da partida saíram na etapa final. A Macaca abriu o placar em bela cobrança de falta do lateral-esquerdo Rafael Santos, mas sofreu o empate com um gol de pênalti de Pedro Júnior no último lance do jogo, após interferência do VAR, exatamente como havia acontecido na derrota por 2 a 1 para o CSA, na última quarta-feira (29).
Com o resultado de igualdade, a Ponte se mantém na 14ª colocação, agora com 33 pontos, e torce por um tropeço do Londrina para terminar a rodada a pelo menos cinco pontos de distância da zona de rebaixamento. A equipe paranaense recebe o Sampaio Corrêa neste domingo (3), às 20h30.
Na próxima rodada, a Ponte Preta viaja até Santa Catarina para enfrentar o embalado Avaí, que vem de quatro vitórias consecutivas e assumiu a vice-liderança da Série B neste sábado (2), com uma grande vitória por 2 a 1 de virada sobre o Botafogo, no Rio de Janeiro. O complicado duelo contra o Leão da Ilha acontece na próxima terça-feira (5), às 19h (SporTV), no estádio da Ressacada, em Florianópolis.
Depois disso, a Ponte Preta voltará a jogar em casa diante de seus torcedores após um ano e sete meses. O jogo que marca a volta dos torcedores ao Majestoso será contra o Náutico e está marcado para o próximo dia 15 (sexta-feira), às 21h30.
O jogo
Sem o técnico Gilson Kleina, que foi expulso na partida contra o CSA e portanto não pôde ficar no banco de reservas, a Ponte Preta foi comandada pelo auxiliar Fabiano Xhá à beira do gramado. Em busca da reabilitação após a derrota em Maceió, a Macaca entrou em campo com três alterações na equipe titular em relação à rodada passada.
Com o desfalque de seu goleiro e capitão Ivan, que tomou o terceiro cartão amarelo diante do CSA e cumpriu suspensão automática, Ygor Vinhas assumiu a meta alvinegra após quase três meses sem atuar. Preservado na última quarta-feira (29), o zagueiro Rayan foi escalado no miolo da defesa ao lado de Cleylton, que se lesionou aos 16′ e precisou ser substituído por Fábio Sanches. Já no meio-campo, com a baixa de Fessin devido a um trauma no tornozelo sofrido no último jogo, Camilo iniciou entre os titulares e teve as duas primeiras oportunidades de gol da partida.
Logo aos 6′, o experiente meia de 35 anos testou a canhota em chute de fora da área, mas a bola passou à direita do gol defendido por Georgemy. Aos 17′, Camilo tentou nova finalização da entrada da área, desta vez com a perna direita, mas o chute saiu fraco e parou em defesa do goleiro do Vila Nova.
Depois disso, os visitantes cresceram e só não desceram para o vestiário em vantagem porque Ygor Vinhas protagonizou defesa sensacional em chute forte de longe de Alesson, aos 28′. A equipe goiana ainda teve outras três tentativas de fora da área, mas faltou capricho. Sem a referência do centroavante Rodrigão, que se recupera de um quadro grave de amigdalite, o ataque pontepretano pouco produziu até o intervalo.
No segundo tempo, a estrela de Rafael Santos brilhou em cobrança de falta com maestria no canto esquerdo para abrir o placar, aos 19′. Foi o terceiro gol do lateral-esquerdo nos últimos seis jogos, sendo o segundo de falta. Ele também deu uma bela assistência para João Veras marcar na vitória sobre o Brasil, no último domingo (26).
No entanto, o torcedor pontepretano assistiu ao mesmo desfecho amargo do jogo contra o CSA. Aos 49′, o VAR acionou o árbitro e recomendou a revisão de um lance de bola na mão. O árbitro acatou o chamado e, de forma polêmica, mudou a decisão de campo, assinalando o pênalti que definiu o resultado, convertido por Pedro Júnior, aos 54′. A Ponte não teve nem sequer a chance de tentar buscar o gol da vitória.
FICHA TÉCNICA:
Ponte Preta (1): Ygor Vinhas; Felipe Albuquerque (Kevin), Cleylton (Fábio Sanches), Rayan e Rafael Santos; André Luiz, Marcos Júnior (Lucas Cândido) e Camilo (Thalles); Richard (Iago), Moisés e João Veras. Técnico: Gilson Kleina (Fabiano Xhá).
Vila Nova (1): Georgemy; Moacir, Renato Silveira, Rafael Donato e William Formiga; Dudu, Deivid (Tiago Real), Arthur Rezende (Rafael Silva); Kelvin (Diego Tavares), Clayton (Pedro Júnior) e Alesson (Maná). Técnico: Higo Magalhães.
Gols: Rafael Santos, aos 19′, e Pedro Júnior, aos 54′ do 2º tempo.
Local: Moisés Lucarelli, Campinas (SP).
Público e renda: Portões fechados.
Juiz: Adriano Barros Carneiro (CE).
Cartões amarelos: Rayan e Moisés (PON); Willian Formiga, Pedro Júnior e Rafael Donato (VIL).