Como se não bastasse o fiasco no Dérbi 202, a Ponte Preta voltou a machucar o coração do torcedor em mais uma noite de fracasso e futebol sofrível. Mesmo jogando pelo empate para se classificar, a Ponte Preta sofreu a quarta derrota consecutiva e chegou ao terceiro jogo sem balançar as redes ao perder por 1 a 0 para o Cascavel, na noite desta terça-feira (22), no Estádio Olímpico Regional, em Cascavel, na região oeste do Paraná, pela primeira fase da Copa do Brasil. Com a eliminação precoce na competição nacional, a Macaca deixou de arrecadar R$ 750 mil.
Fora da Copa do Brasil, a Ponte Preta volta as atenções totalmente para a busca por um novo treinador e para a luta contra o rebaixamento no Campeonato Paulista. A Macaca enfrenta o Mirassol no próximo sábado (26), às 18h30, no estádio José Maria de Campos Maia, em Mirassol.
Classificado para a segunda fase da Copa do Brasil, o Cascavel agora aguarda o vencedor do confronto entre Tocantinópolis e Náutico, que se enfrentam nesta quarta-feira (23), às 20h30, em Tocantins.
O jogo
Sob o comando do observador técnico Ivo Secchi à beira do gramado, já que o auxiliar Nenê Santana não possui licença da CBF para exercer tal função, a Ponte Preta entrou na partida com três alterações na escalação em relação à equipe titular que o ex-treinador Gilson Kleina mandou a campo na derrota por 3 a 0 para o Guarani no Dérbi 202, no último sábado (19).
A comissão técnica da Macaca optou pela entrada de Fabrício no miolo da defesa, ao lado de Thiago Lopes, e deslocou o zagueiro Léo Santos de forma improvisada para a lateral-esquerda, na vaga de Jean Carlos. Além disso, o meia Thalles surpreendentemente ganhou uma oportunidade entre os titulares, mesmo sem ritmo de jogo, já que nem sequer está inscrito no Campeonato Paulista e, portanto, estreou na temporada.
Fundado em 2008, vice-campeão estadual no ano passado e vice-líder da atual edição do Campeonato Paranaense, com vaga garantida na Série D, o Cascavel mostrou ampla superioridade do primeiro ao último minuto do primeiro tempo, e não é força de expressão.
Com menos de 30 segundos, a equipe paranaense passou muito perto de abrir o placar, mas Carlos Henrique errou o alvo em um lance de imposição física dentro da área. Após martelar bastante, inclusive com nova chance desperdiçada pelo mesmo atacante e dois gols anulados, o Cascavel foi premiado no último lance do primeiro tempo, após cobrança de escanteio pela direita de Robinho. A bola rebateu na área e terminou em cabeceio certeiro do zagueiro Diego Giaretta, ex-Guarani, fora do alcance de Ygor Vinhas. Justiça feita.
As únicas chances da Ponte Preta na etapa inicial vieram dos pés do volante Léo Naldi, que exigiu grande defesa de Douglas Marques em chute forte da entrada da área, aos 19′, e do meia Fessin, que quase marcou um golaço com direito a dois chapéus, mas finalizou à direita do gol, aos 46′.
No segundo tempo, a Ponte Preta precisou adotar outra postura e partiu para cima em busca do empate que lhe daria a classificação, mas só conseguiu realmente levar perigo aos 22′, quando o recém-entrado Ribamar recebeu linda assistência de Lucca e perdeu enorme chance cara a cara com Douglas. A etapa final também teve mais dois gols anulados, um para cada lado, mas a arbitragem errou em marcar impedimento naquele que seria o segundo gol do Cascavel. No fim das contas, não fez nenhuma diferença.
FICHA TÉCNICA:
Cascavel (1): Douglas Marques; Diego Giaretta, Lucas Oliveira e Willian Gomes; Mikael Doka (Jamerson), França (Echeverría), Robinho e Alex Nemetz (Gama); Léo Itaperuna (Vinícius Balotelli) e Carlos Henrique (Samuel). Técnico: Tcheco.
Ponte Preta (0): Ygor Vinhas; Kevin, Thiago Lopes, Fabrício e Léo Santos; Léo Naldi (Josiel), André Luiz, Fessin e Thalles (Matheus Anjos); Pedro Júnior (Ribamar) e Lucca. Técnico: Ivo Secchi.
Gol: Diego Giaretta, aos 48′ do 1º tempo.
Local: Estádio Olímpico Regional Arnaldo Busatto, Cascavel (PR).
Juiz: Rodrigo Carvalhaes de Miranda (RJ).
Cartões amarelos: Thiago Lopes, Léo Naldi e Lucca (PON); França, Diego Giaretta e Vinícius Balotelli (CAS).
Cartões vermelhos: Fabrício e Echeverría, aos 44′ do 2º tempo.