A Rede Mário Gatti decidiu pagar diretamente os funcionários de uma empresa terceirizada que presta serviços para a Saúde. A Associação Hospitalar Beneficente do Brasil (AHBB) atrasou o pagamento aos seus colaboradores e, diante disso, a Rede Mário Gatti interveio. Segundo nota da autarquia, “assim que tomou conhecimento, imediatamente adotou as providências administrativas e jurídicas para garantir o salário aos trabalhadores terceirizados contratados pela referida empresa”.
Portanto, a Rede Mário Gatti efetuará a retenção dos créditos existentes em favor da AHBB para quitação das obrigações trabalhistas, a ser realizada diretamente pela autarquia para os funcionários na próxima semana.
A Rede abrirá processo administrativo de penalização e rescisão contratual, notificando a contratada.
A nota ressalta que os pagamentos às empresas terceirizadas, inclusive à AHBB, estão rigorosamente em dia e nunca ocorreu nenhum atraso por parte da Rede Mário Gatti.
Histórico
A AHBB, que iniciou as atividades junto à Rede Mário Gatti em 25 de fevereiro deste ano, receberia o segundo pagamento, relativo ao mês de abril, conforme o contrato, nesta sexta-feira, 13 de maio. O contrato com a empresa é de até R$ 6 milhões, por três meses, e inclui atualmente a prestação de serviços de médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem para o Pronto-Socorro adulto do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti.
No primeiro mês eram 60 postos de trabalho, chegou a 33 e, atualmente, são 27 postos. Cada posto pode ser ocupado por mais de um profissional, por causa da escala de trabalho. Estes números estão sendo contabilizados pela Rede Mário Gatti porque agora o pagamento será feito diretamente aos funcionários da empresa.
Caso semelhante
Caso parecido ocorreu, com desfecho mais grave, na Educação. No mês passado, a Prefeitura de Campinas rompeu contrato com a Especialy, responsável pela limpeza das 208 escolas municipais. A empresa foi punida com uma multa de R$ 1,5 milhão, valor que se refere a 5% do valor do contrato. A Especialy perdeu também, por um período de dois anos, o direito de licitar e de estabelecer qualquer contrato com o município.
A medida foi tomada porque a Especialy descumpriu o contrato que mantinha com a Administração. Nos últimos meses, a instituição atrasou os salários e benefícios dos seus funcionários, o que resultou na paralisação de unidades de educação e afetou centenas de alunos. O caso foi amplamente acompanhado pelo Hora Campinas.
No dia 9 de fevereiro último, funcionários de limpeza da empresa terceirizada prestadora de serviço para a rede municipal de Educação paralisaram atividades, afetando 700 funcionários e deixando boa parte das escolas sem aulas. A mobilização prosseguiu nos dias posteriores, com manifestações no Paço Municipal. Milhares de alunos foram afetados pelo não funcionamento das unidades.