Instalada no final de abril com prazo de 90 dias para conclusão, a CPI da Pandemia – que já está no prazo de prorrogação, que vai até o dia 5 novembro – deverá ter o relatório antecipado para setembro. A previsão foi feita nesta sexta-feira (20), pelo senador Renan Calheiros (MDB_AL) – o relator do processo. A estimativa do senador é que o relatório seja entrega na segunda quinzena do mês que vem.
Nesta segunda fase a compra de vacinas, com destaque para a indiana Covaxin, foi um dos principais focos da CPI. Antes, nos três primeiros meses, os senadores investigaram questões como as omissões e ações do governo no gerenciamento da pandemia, a tese da imunização de rebanho, o tratamento precoce e a demora na compra dos imunizantes.
O senador Marcos Rogério (DEM-RO) criticou “a falta de investigação de corrupção envolvendo estados e municípios”.
Na quinta-feira (19), a CPI ouviu o sócio da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano – empresa que intermediou a compra a Covaxin pelo Ministério da Saúde. Mas munido de um habeas corpus, ele se recusou a responder às perguntas sobre irregularidades no contrato de R$ 1,6 bilhão para a compra da vacina indiana.
O senador Humberto Costa (PT-PE) disse que a proximidade do empresário com o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) – líder do governo na Câmara – pode ter facilitado a negociação, que acabou cancelada após a CPI investigar o contrato. Até governistas condenaram o silêncio do empresário. (Agência Senado)