O projeto da implantação de um trem que ligará o Centro de Campinas ao Aeroporto Internacional de Viracopos começa a sair do papel. A Prefeitura publicou o edital de chamamento público na quinta-feira (01) para que empresas e consórcios apresentem estudos para a implantação do modal, que deverá ter 18 quilômetros – entre o Pátio Ferroviário, no Centro, e Viracopos. As empresas deverão apresentar estudos técnicos preparatórios que irão subsidiar a modelagem de uma concessão para implantação e operação do futuro ramal.
“É o primeiro passo de um importante projeto para a Região Metropolitana de Campinas, que fará a ligação, por meio de modal ferroviário, do Centro da cidade à região do Campo Belo e Viracopos”, disse o prefeito Dário Saadi.
Segundo o secretário de Transportes, Vinícius Riverete, os estudos apresentados irão indicar se o modelo mais viável será de parceria público-privada (PPP) ou concessão. “Queremos diversificar as opções de transporte coletivo na cidade, usando modelos de negócios viáveis para o cidadão, o setor privado e o governo”, afirmou.
Uma proposta é operar em Campinas o ramal com o SkyShuttle, veículo 100% elétrico de roda de borracha, que percorre uma pista elevada, com sistema de condução automatizado
O Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) ocorre após a BYD do Brasil propor a realização de estudos técnicos para implantar e operar em Campinas o ramal com o SkyShuttle, primeiro veículo 100% elétrico de roda de borracha, que percorre uma pista elevada, com sistema de condução automatizado.
Diferente de seu sistema Skyrail, um monotrilho suspenso e que será implantado na linha 17-Ouro do metrô de São Paulo e na Região Metropolitana de Salvador, o SkyShuttle, também elevado, trafega sobre dois trilhos, como uma espécie de VLT com pneus. Esse sistema está sendo proposto pela BYD na PMI aberta pelo governo do Espírito Santo, para um ramal ligando os municípios de Serra e Vitória.
Conforme a proposta da empresa chinesa, os trilhos podem ser construídos em áreas lindeiras ou canteiros centrais e inseridos em áreas urbanas, e na operação os custos de mão de obra são consideravelmente reduzidos com tecnologias como partida automática, ativação autônoma, entre outros itens.
Segundo a empresa, o SkyShuttle reduz o impacto de gases de efeito estufa e emissões de partículas e o uso e dependência de combustíveis fósseis. O sistema permite a redução do raio de curva para um mínimo de 15 metros, o que possibilita, de acordo com a empresa chinesa, que o veículo se integre facilmente ao sistema viário.











