O secretário de saúde da cidade de São Paulo se reuniu com o ministro da saúde, Marcelo Queiroga na manhã deste sábado (22) para discutir um plano de ações para prevenção de controle da entrada de novas variantes do SARS-CoV-2 no município de São Paulo, especialmente a indiana, que foi detectada ni Maranhão.
A estratégia da capital é atuar no trânsito de pessoas provenientes do Maranhão, nos aeroportos, rodoviárias e rodovias, em conjunto com o Ministério da Saúde e com a Anvisa, para evitar a circulação da nova variante indiana da Covid-19 na capital.
A apresentação realizada pela Secretaria mostrou a proposta de uma parceria com a Polícia Rodoviária Federal para triagem por parte das equipes de saúde na busca de sintomáticos, com medida de temperatura, no Terminal Rodoviário do Tietê e nas rodovias federais Fernão Dias e Presidente Dutra.
Passageiros sintomáticos
Os passageiros sintomáticos, em todos os terminais serão detectados e levados para unidades de urgência da região, onde será feita a testagem com RT-PCR. Em caso positivo do exame, os mesmos serão isolados por dez dias, a partir do início dos sintomas.
Caso a pessoa seja comunicante da infectada, também será isolada e monitorada por 14 dias a partir do último contato.
Os assintomáticos serão orientados e receberão um check-list para detecção dos sintomas e formas de prevenção.
Nos aeroportos haverá emissão de alertas sonoros e visuais sobre sintomas, forma de prevenção e contenção da doença. Nas rodovias serão realizadas ações educativas.
Até o momento, não há qualquer evidência da circulação das cepas indianas no município de São Paulo. Por aqui, foram identificadas apenas duas variantes: P1 – Manaus e B.1.1.7 – Reino Unido.
As medidas são essenciais no controle da população que chega à cidade, principalmente para evitar a entrada de novas cepas e aumentar o risco de um novo aumento de casos na Capital.
Segundo o secretário Edson Aparecido, o ministro Marcelo adiantou que as sugestões de São Paulo serão estudadas para serem disseminadas no âmbito nacional, por meio de um trabalho conjunto e articulado entre a Anvisa e as vigilâncias locais para o enfrentamento da pandemia no país, em especial com a circulação da variante indiana.
O secretário afirmou que o ministro disponibilizou mais testes para a cidade de São Paulo.
Para Queiroga, a iniciativa da reunião foi extremamente importante para alinhar o trabalho articulado entre as esferas e as autoridades sanitárias locais.
Outras ações
Na segunda quinzena do mês de abril, em parceria com o Governo do Estado, a capital iniciou o encaminhamento de parte das amostras de exames PCR-RT positivos ao Instituto Butantan para análise genômica em busca de identificar as cepas circulantes neste momento no município de São Paulo.
A capital segue fazendo a vigilância laboratorial do vírus e, além dessa ação de monitoramento, a SMS também fechou acordo de estudo de variantes como Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, que também iniciará a vigilância nos próximos dias com o objetivo de identificar quais cepas circulam pela cidade.