Durante todo o mês de setembro o câncer de cólon, também conhecido como colorretal ou câncer de intestino, ganha evidência. A doença é o foco da campanha Setembro Verde, promovida pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), que visa conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce para se combater o tumor.
Segundo tipo de tumor mais frequente em homens e mulheres, o câncer colorretal registrou 40.999 novos casos no Brasil em 2020, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Segundo a coloproctologista Alline Simões, os principais fatores de risco para o surgimento desse câncer que pode acometer o intestino grosso, reto e ânus são: idade igual ou acima de 50 anos (porém cada dia mais jovens desenvolvem a doença); excesso de peso e alimentação não saudável, poucas fibras, frutas e vegetais; alimentação rica em processados (salsicha, presunto, mortadela, peito de peru, salame, bacon) e excesso de consumo de carne.
Além disso, explica a médica, o histórico familiar, tabagismo, bebidas alcoólicas e doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino.
Outro fator de risco é a exposição ocupacional à radiação ionizante, como aos raios X e gama, pode aumentar o risco para câncer de cólon. Assim, profissionais do ramo da radiologia (industrial e médica) devem estar mais atentos.
“A prevenção do câncer de intestino se faz com mudanças de hábitos, realizando consultas e exames preventivos”, ressalta a coloproctologista. Entre os sintomas destacados pela especialista, é necessário ficar atento com sangue nas fezes; dor ou desconforto abdominal; sensação de evacuação incompleta; alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados); fraqueza e anemia; perda de peso sem causa aparente e alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas).
De acordo com Alline, apesar desses sinais e sintomas estarem presentes em outras doenças, como hemorroidas, verminose, úlcera gástrica e outros, é importante investigar para ter um diagnóstico correto e tratamento especifico o quanto antes. “As chances de cura aumentam quando o câncer é descoberto precocemente”, destaca a médica especialista.