Uma mulher carregando cartaz com símbolo nazista participa das manifestações de 7 de Setembro entre o grupo que apoia o presidente Jair Bolsonaro na manhã desta terça-feira (7) em Campinas. A pessoa carregava o cartaz com o símbolo nazista em que, ao centro, estava a expressões “Liberdade de Expressão”.
O cartaz atacava o que chamou de “Ditadura da Toga” e “Ditadura Digital – o que, na sua avaliação, seria igual a “Censura”.
A atitude da manifestante configura crime, de acordo com a Lei nº 7.716 de 05 de Janeiro de 1989. A lei define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor e diz o seguinte no artigo em seu artigo 20, parágrafo 1º : “Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo.
Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.(Incluído pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)”
A mulher não foi abordada por nenhuma autoridade de segurança enquanto mostrava o cartaz.
Outros manifestantes bolsonaristas carregavam uma grande faixa escrita em inglês e em português, em que diziam que o presidente Bolsonaro tem o apoio do povo e exigia a destituição dos juízes da Suprema Corte. Além disso, pedia “Morte ao Comunismo”.
Havia ainda, muitos cartazes pedindo intervenção militar com Bolsonaro, criminalização de comunistas e fechamento do SFT, em manifestações consideradas antidemocráticas.
Os atos
Os atos contra e em favor do presidente da República Jair Bolsonaro em Campinas começaram logo depois das 9 horas, com um público menor do que esperado e sem o registro de incidentes. Os bolsonaristas se concentram no Largo do Rosário e os grupos de esquerda se concentram no Largo do Pará – a cinco quadras de distância.
A Polícia Militar e a Guarda Municipal montaram um grande esquema de segurança, na tentativa de evitar que os grupos se encontrem – já que estão separados por apenas cinco quadras de distância.
Além dos Largo do Rosário, há um núcleo de manifestantes pró-bolsonaro concentrado no Jardim Chapadão, em frente a Escola de Cadetes do Exército.
Para a polícia, as manifestações deste 7 de setembro são de alto risco e, por conta disso, a Polícia Militar decidiu adotar o mesmo esquema usado para controlar torcidas rivais quando da realização de jogos de futebol.