As autoridades chinesas fecharam o famoso Palácio de Potala, em Lhasa, no Tibete, depois de um surto de Covid-19 ter sido detectado na região dos Himalaias.
A decisão ressalta a adesão do país à política de tolerância zero à Covid-19, que implica bloqueios, testes em massa, quarentenas e outras restrições.
Um aviso difundido através da conta oficial do palácio na rede social Wechat anunciou que a estrutura, onde outrora residiram os líderes budistas do Tibete, fechou a partir desta terça-feira (9). A data de reabertura vai ser anunciada posteriormente.
A economia do Tibete é fortemente dependente do turismo e Potala é uma atração importante.
A China defende que a sua estratégia foi bem-sucedida prevenindo hospitalizações e mortes em larga escala.
Críticos, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apontam, no entanto, o seu impacto econômico e social, considerando-a insustentável, face à natureza mutável do vírus e aos novos métodos de prevenção e tratamento.
A China anunciou, nas últimas 24 horas, 828 novos casos de Covid-19, entre os quais 22 foram detetados no Tibete.
O Tibete não registava casos do novo coronavírus há 920 dias.
Mais de 80.000 turistas permanecem também retidos na ilha turística de Hainan, no extremo sul do país, sob a exigência de que testem negativo para o vírus durante cinco dias seguidos, antes de poderem sair da ilha.
(Agência Lusa)