A pandemia de coronavírus e o aumento de casos de Covid-19 aumentou os níveis de fome e desemprego, elevou os preços dos combustíveis e dos alimentos, crise política, violência e o deslocamento em Mianmar. A situação humanitária piorou com o golpe militar que o país sofreu no início deste ano.
Em abril, o Programa Mundial de Alimentos (PMA) da Organização das Nações Unidas (ONU) havia alertado que o número de pessoas passando fome poderia dobrar para 6,2 milhões até outubro. Stephen Anderson, diretor do PMA, afirma que 90% das pessoas vivendo em favelas e comunidades ao redor de Yangon contaram ter que pedir dinheiro emprestado para comprar comida.
Em maio, o PMA lançou uma operação para atender 2 milhões de birmaneses em Yangon e Mandalay, as duas maiores cidades do país. A maioria dos assistidos são mães, crianças, idosos e pessoas com deficiência.
Desde fevereiro, mais de 220 mil birmaneses fugiram da violência aumentando o número de deslocados internos.
A agência da ONU apoiou um total de 1,2 milhão de pessoas com alimentos, dinheiro e assistência alimentar este ano em áreas urbanas e rurais de Mianmar.
Somente no estado de Rakhine, antes da intervenção militar, 1 milhão de deslocados internos já precisavam de ajuda. Mas o PMA alerta para uma crise financeira no orçamento da agência, que até agora não recebeu 70% dos fundos necessários para o próximo semestre. (Agência ONU News)