Desde que derrotou o Corinthians por 1 a 0 e conquistou a primeira vitória de sua história em Itaquera, no dia 25 de fevereiro, a Ponte Preta não sabe mais o que é vencer como visitante na temporada.
Depois daquele histórico triunfo há três meses e meio na Neo Química Arena, que praticamente sacramentou a eliminação do Timão na primeira fase do Campeonato Paulista, a Macaca disputou sete jogos fora de casa, perdeu cinco e empatou apenas dois.
Nesse período de pouco mais de 100 dias, a Ponte Preta só conseguiu balançar as redes duas vezes longe do Majestoso: o gol de honra marcado pelo atacante Renato, de falta, na goleada por 5 a 1 para o Palmeiras, na Arena Barueri, pela quartas de final do Paulistão, e o gol nos acréscimos do segundo tempo anotado pelo meia Dodô, que garantiu o empate em 1 a 1 com o Operário, em Ponta Grossa, pela 4ª rodada da Série B.
Na última rodada do Paulistão, mesmo jogando somente pelo empate contra um adversário que ainda não havia vencido nenhuma partida na competição, a Ponte acabou derrotada por 1 a 0 pelo Santo André, no estádio Bruno José Daniel, no ABC Paulista. O Ramalhão estava na lanterna geral do campeonato, subiu para a penúltima colocação e não escapou da queda à Série A2.
Apesar da decepcionante derrota na rodada final, a Ponte Preta conseguiu a classificação ao mata-mata graças a um tropeço do Água Santa, mas acabou eliminada sofrendo a sua pior derrota dos últimos quatro anos, ao tomar 5 a 1 do Palmeiras em jogo único na Arena Barueri.
Com mais um mês de preparação para a Série B, a Ponte melhorou pouco ou quase nada sua performance como visitante. Tomou 3 a 0 do Goiás na Serrinha, buscou empate em 1 a 1 no apagar das luzes contra o Operário em Ponta Grossa, não conseguiu sair do 0 a 0 com a Chapecoense na Arena Condá e perdeu por 2 a 0 para o então lanterna Ituano, em Itu, no último jogo do técnico João Brigatti.
No mais recente duelo longe de Campinas, a Ponte Preta perdeu por 2 a 0 para o América-MG, no último domingo (9), na Arena Independência. O resultado manteve a Macaca perto da zona de rebaixamento, com nove pontos, apenas dois de vantagem sobre o Botafogo-SP, primeiro time dentro do Z4.
“Individualmente, alguns jogadores estão acreditando e produzindo mais. Logicamente que ainda estamos longe do que queremos, mas é assim que vamos ganhando confiança”, avaliou o técnico Nelsinho Baptista, que terá como um dos maiores desafios melhorar a performance da Macaca como visitante.
“A evolução não acontece de um dia para outro, mas estamos melhorando. O importante é que os jogadores estão compreendendo e procurando realizar o que é proposto. Estamos crescendo, mesmo sabendo que há uma falha aqui ou ali. No contexto geral, mesmo com a derrota, tivemos coisas boas”, ponderou o técnico Nelsinho Baptista, que conheceu a primeira derrota em seu segundo jogo à frente da Ponte Preta. Na estreia, a Macaca havia vencido CRB por 4 a 2, no Moisés Lucarelli.