O jornalista Maurício Simionato acaba de lançar seu terceiro livro de poesia. Depois de “Impermanência” (2012), “Sobre Auroras e Crepúsculos” (2017), o autor chega agora ao O AradO de OdarA (Uma distopia tropical) – uma escrita que se destaca como uma denúncia político-social, mas também pelo uso de recursos com imagens; onde elementos lúdicos caminham em harmonia com doses de realidade.
A publicação é da editora Patuá, com lançamento para este mês de maio (acesso ao livro pelo link: encurtador.com.br/loAR3).
Finalista do Prêmio Guarulhos de Literatura 2019 e do Prêmio Off Flip de Poesia em 2021, Mauricio é editor da revista digital ‘URRO – contragolpe cultural’. Além disso, desenvolve pesquisa sobre ruídos poéticos urbanos em Mestrado no LabJor/IEL, da Unicamp.
Nascido em Assis, no extremo Oeste de São Paulo mas residente em Campinas já há muitos anos, Maurício Simionato teve poemas publicados em diversas revistas especializadas em literatura e em mais de dez antologias poéticas.
Manifesto
O AradO de OdarA (Uma distopia tropical) relata esse tempo trágico que estamos atravessando, como um manifesto. O livro apresenta 92 poesias divididas em duas seções, Dos trópicos e Distópicos, que conciliam o verbo com a invenção poética e visual. Tratando sempre de temas atuais, do isolamento e quarentena, a impunidade e indiferença por parte das instituições brasileiras, morte e sobrevivência, amor e erotismo, com doses de humor e retrato cotidiano.
“Mauricio conseguiu reunir as duas coisas que considero mais importantes num livro de poesia: pensar a força das partes, pensar a força do todo. E encontrei nessas páginas um casamento de que gostei muito: entre Roberto Piva e Murilo Mendes. Vi diversas vezes o Piva andando pelos poemas, mas ao mesmo tempo ouvi a voz do Murilo”, escreveu o poeta e ensaísta, doutor em Filosofia do Direito pela USP, Tarso de Melo no texto da contracapa.
“Trata-se de um livro bastante original. Identifiquei vozes e dicções distintas que se encontram Há poemas que se valem da ironia (…). Nele convergem dicções, do coloquial à exploração de limites da linguagem”, avaliou Claudio Willer, poeta, ensaísta, crítico, tradutor e doutor em Letras pela USP.