A finalização das reformas na área de neonatologia do Hospital da Mulher da Unicamp (Caism) foi adiada pela terceira vez. Antes prevista para maio, a nova data confirmada pela Secretaria de Saúde do Estado é agosto deste ano. A previsão inicial era de conclusão em setembro de 2022. De acordo com a Secretaria, o adiamento foi ocasionado por um problema na climatização do setor.
Os adiamentos ocorrem em um momento delicado da saúde de Campinas, em que a falta de leitos de enfermaria e cuidados especiais para recém-nascidos e crianças é agravada pelo período sazonal das doenças respiratórias. Antes da reforma, o Caism tinha capacidade de 30 leitos de Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e de Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal. Com as obras, o total caiu pela metade.
Em março deste ano, o prefeito Dário Saadi se reuniu com a Secretaria do Estado de Saúde para pedir mais leitos. No mês passado, dez novas vagas de enfermaria foram abertas no Hospital Estadual de Sumaré.
A escassez de leitos de UTI Neonatal em Campinas é problema recorrente. Em abril do ano passado, o secretário municipal de Saúde, Lair Zambom, já tratava a questão. Na ocasião, afirmou que cobraria do estado a abertura de mais vagas na cidade.
A maior oferta de vagas SUS em Campinas é a da Maternidade, que dispõe de 30 leitos. O Hospital PUC-Campinas oferta 16 leitos conveniados.
Campinas atende também municípios da região que não dispõem de tratamento especializado para recém-nascidos em risco. Entre 15% e 30% dos leitos disponíveis em Campinas, dependendo da ocasião, são ocupados por crianças de outros municípios.