Uma conferente de 46 anos foi morta pelo marido na noite desta segunda-feira (10) pelo marido em Campinas. O corpo dela foi encontrado carbonizado ao lado de um carro incendiado. O homem tentou se matar, mas segue internado no Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), Vera Bonfim foi encontrada morta ao lado do veículo em chamas, na Rua Gustavo Orsolini, no Parque São Paulo, na Região do Jardim Nova Mercedes, por volta das 18h30. O crime foi o primeiro feminicídio do ano em Campinas.
Segundo consta, uma pessoa viu o carro em chamas e a vítima carbonizada e acionou a Guarda Municipal (GM), que encontrou a vítima já sem vida e o carro ainda pegando fogo. O Corpo de Bombeiros também foi acionado. O carro pertencia à uma seguradora e foi alugado em nome de Laércio Félix, de 40 anos, marido da vítima.
Os dois estariam em processo de divórcio, mas ele não aceitava o fim do relacionamento. A ocorrência foi apresentada no plantão da 2ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e, enquanto era registrada, policiais rodoviários apresentaram uma ocorrência envolvendo o marido, que foi localizado próximo ao Viaduto Santos Dumont, com diversas lesões possivelmente provocadas após uma queda. A suspeita é que ele tenha tentado o suicídio. Ele foi socorrido ao Hospital da Unicamp, onde permanece sob escolta.
Segundo a SSP, ele foi autuado em flagrante. O caso foi registrado como feminicídio, tentativa de suicídio, localização, apreensão de veículo, no plantão da 2ª DDM da cidade, que investiga os fatos.
Semana de Combate
O primeiro feminicídio do ano ocorreu no mesmo dia da panfletagem que marcou o início da Semana de Combate ao Feminicídio em Campinas. A lei 15.848 de dezembro 2019, que a estabeleceu, foi criada em homenagem à Thaís Fernanda Ribeiro, de 21 anos, morta pelo ex-namorado no dia 10 de maio daquele ano. O evento, realizado na região do Jardim São Marcos, foi organizado pelo padre Antonio Rodrigues Alves e pelos pais da jovem Thaís.