O vereador Felipe Corá (Patriota) publicou um texto em suas redes sociais nesta semana, no qual pede desculpas à vereadora Esther Moraes (PL). Ele foi condenado pela Justiça depois de insultar a parlamentar durante sessão da Câmara Municipal de Santa Bárbara d’Oeste em novembro de 2022.
Em um primeiro momento, a Justiça considerou inválida a retratação, pois o texto estava acessível apenas aos seguidores de Corá. Após ser intimado, sob pena de pagamento de multa, o vereador tornou a postagem pública.
“Eu, Felipe Eduardo Gomes Corá, venho por meio desta nota de retratação, lamentar os comentários ofensivos proferidos em 16 de novembro de 2022, em sessão realizada na Câmara Municipal de Santa Barbara d’Oeste, feitos à Vereadora Esther Galina da Silva Branco de Moraes. Reconheço a gravidade da minha fala, e por isso, peço minhas sinceras desculpas.
Essa retratação é resultado direto da recente condenação judicial proferida no processo de nº 1000557-20.2023.8.26.0533. Lamento profundamente os impactos que minha fala surtiu na vereadora, seja em seu bem-estar, ou em sua reputação.
Peço mais uma vez, desculpas à vereadora, a sua família, amigos, e todos aqueles que foram afetados por minhas palavras proferidas naquela oportunidade”, diz o texto publicado no Instagram.
Corá ofendeu Esther enquanto ela se pronunciava, com as frases “se recolha a sua insignificância”, “late mais” e “continue latindo”. Além da retratação pública, o parlamentar foi condenado a pagar uma indenização no valor de R$ 16 mil. De acordo com a vereadora, o dinheiro será destinado a entidades assistenciais. A sentença foi emitida pela Vara do Juizado Especial Cível e Criminal da Comarca de Santa Bárbara d’Oeste.
“A violência política de gênero, em qualquer de suas modalidades, não prejudica somente as mulheres que são diretamente atacadas, mas contribui de maneira decisiva para que menos mulheres se sintam livres para atuar politicamente, o que, em última instância, traz danos para toda a sociedade”, cita o juiz Tales Novaes Francis Dicler na sentença.
Outra polêmica
Uma outra polêmica envolvendo Esther também é alvo de investigação. Na sessão do dia 3 de maio deste ano, a vereadora teve o microfone cortado ao discordar de uma posição do vereador Paulo Monaro (MDB), presidente da Casa. O caso chegou ao conhecimento da senadora Zenaide Maia (Republicano), que encaminhou denúncia ao Ministério Público Eleitoral alegando “crime de violência política de gênero.”