Dois dos maiores especialistas em autismo do Brasil estarão em Campinas no dia 1º de abril para participar do evento “Autismo, Protagonismo e Comunidade”, no Teatro Oficina do Estudante, no shopping Iguatemi. Promovido pelo Instituto SER – Senso Educação Reintegrada, o encontro marca a abertura do Abril Azul, mês dedicado à conscientização sobre o autismo em todo o Brasil.
O evento tem como objetivo debater o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e ampliar o conhecimento da população em torno do tema. É aberto a todos os interessados, mas tem como foco central os profissionais da área de saúde – médicos, enfermeiros, fonoaudiólogos,
terapeutas e psicólogos-, além de educadores, famílias de uma forma geral e demais interessados.
Aída Teresa dos Santos Brito e Lucelmo Lacerda de Brito, os palestrantes, são conhecidos pela qualificação e pela atuação na área de TEA no Brasil, e até fora do país, nos últimos 20 anos. Eles dirigem o Grupo Luna ABA, composto por profissionais nas áreas da Psicologia, Educação, Terapia Ocupacional e Fonoaudiologia e Análise do Comportamento.
Os ingressos para o evento estão à venda pela plataforma Ingresso Digital e custam R$ 120,00 (preço único). O acesso ao teatro e ao evento só será permitido para aqueles que tiverem adquirido os ingressos pelo site.
O Abril Azul foi estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de conscientizar a população sobre o TEA, envolver as comunidades, dar mais visibilidade e ajudar na busca de uma sociedade mais consciente, com menos preconceito e mais inclusão. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o mundo possui cerca de 70 milhões de pessoas autistas.
O que é o TEA
O TEA é uma condição do neurodesenvolvimento que afeta a maneira como uma pessoa se comunica, interage socialmente e processa informações. Tem uma ampla gama de sintomas e níveis, daí o termo “espectro”. Algumas pessoas podem ter dificuldades significativas na comunicação e interação social, enquanto outras podem ter habilidades bem desenvolvidas em áreas específicas. É uma condição permanente, mas com intervenção precoce e apoio adequado, indivíduos podem levar vidas plenas e produtivas.
Quais os tipos de autismo?
Criado pela Associação Americana de Psiquiatria (APA) para padronizar os critérios diagnósticos das desordens que afetam a mente e as emoções, o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) define que o autismo é classificado por níveis (ou graus) entre 1 e 3 e que mostram a necessidade de suporte do paciente.
♦ Nível 1: leve – precisa de pouco apoio;
♦ Nível 2: moderado – precisa de apoio moderado;
♦ Nível 3: severo – precisa de muito apoio.
Número de diagnósticos tem crescido
Já a CID-11, que é a décima primeira revisão da Classificação Internacional de Doenças, da Organização Mundial da Saúde (OMS), passou a seguir o DSM-5 ao unificar os quadros de autismo. Além disso, agora usa o termo Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) no lugar de Transtorno Global do Desenvolvimento, que era o utilizado na CID-10.
A nova classificação engloba todos os diagnósticos anteriores, incluindo Autismo Infantil, Autismo Atípico, Síndrome de Asperger, Transtorno Desintegrativo da Infância e Transtorno com hipercinesia associado a Retardo Mental e a movimentos estereotipados. A única exceção é a Síndrome de Rett, que teve designado um outro código.
Para Cláudia Dubard, diretora do Instituto SER, o número de diagnósticos do TEA tem crescido devido ao maior conhecimento do assunto e também ao que os profissionais chamam de diagnóstico ampliado – que permite a identificação juntamente com o TDAH, por exemplo – o
que não era possível em um passado recente.
Segundo ela, há dois critérios básicos para o diagnóstico. “Um deles é a dificuldade para se comunicar e para interagir socialmente. O outro tem a ver com comportamentos repetitivos ou restrições a determinados assuntos ou tarefas. Entre esses aspectos podemos citar a rigidez cognitiva, rotinas muito rigorosas ou seletividade alimentar”, disse.
Cláudia afirma que, segundo dados internacionais, uma a cada 36 crianças nascidas no planeta são portadoras de TEA. Vinte anos atrás era uma a cada 150. “O desafio que eu vejo atualmente é fazer o diagnóstico o mais cedo possível na criança e poder começar a terapia o quanto antes. Isso pode fazer a diferença no tratamento do TEA”, avalia Cláudia.
SERVIÇO:
Autismo, Protagonismo e Comunidade**
Local – Teatro Oficina do Estudante – shopping Iguatemi Campinas – Av. Iguatemi, 777 – Vila Brandina
Data – 01º/04 – Segunda-feira
Horário – 17h às 22h
Ingressos à venda – Preço único: R$ 120,00 (disponibilidade limitada)
Onde comprar: https://www.ingressodigital.com/evento/11238/Autismo_I_Protagonismo_e_C
omunidade
Informações – (19) 3272-2520 ou WhatsApp (19) 99987-65513.