O Guarani iniciou nesta segunda-feira (27) a semana que o técnico Júnior Rocha está definindo como um divisor de águas nesta Série B do Campeonato Brasileiro. Depois do empate por 0 a 0 com o Paysandu, no Brinco de Ouro, na noite de sábado (25), o time só volta a campo na terça-feira (4), quando enfrenta o Mirassol, fora de casa. Ou seja, o técnico, que ainda não completou um mês de trabalho no clube, terá uma semana livre para poder se dedicar apenas aos treinamentos.
“O tempo é curto. Tenho trabalhado por meio de vídeos e análises. É um jogo atrás do outro”, expôs Júnior Rocha para quem a melhora, principalmente na parte ofensiva, precisa ser real a partir da próxima partida. “Precisávamos desses dias que teremos pela frente. Não adianta pensar de outra forma. Será fundamental esse período sem jogos para alcançarmos a performance tão desejada.”

No último sábado, o Guarani não conseguiu superar um concorrente direto na parte de baixo da classificação. Foi o segundo jogo seguido em casa do time, que não aproveitou a sequência – no duelo anterior, perdeu do América-MG. Com apenas uma vitória, um empate e cinco derrotas e há três partidas sem ganhar, a equipe de Campinas soma 4 pontos em sete rodadas.
O desempenho em campo está muito longe daquele planejado por Júnior Rocha e tem irritado o torcedor, que vê o Guarani no Z4 desde a primeira rodada sem sinalizar reação.
Nesta segunda-feira à noite, um empate do Botafogo-SP, em casa, contra o Novorizontino, na sequência da sétima rodada, é suficiente para derrubar a equipe de Campinas para a lanterna.
Diante do Paysandu, Rocha admitiu a baixa produção ofensiva. “A parte defensiva conseguimos ajustar alguns pontos, mas na frente estamos deixando muito a desejar”, avaliou. “Estamos criando e finalizando muito pouco. Preciso oferecer ferramentas ao elenco para mudar isso.”

Ele salienta que a evolução só será possível com a sequência de treinamentos. “Falta lastro de treino, conceito de jogar em linha. Mas agora, com esses dias para trabalhar, vamos definir bem o modelo, tentar explorar melhor a característica de cada jogador”, falou depois do jogo com o Paysandu, cujo resultado foi frustrante, admite.
Rocha reconhece que os dois pontos perdidos em casa diante de uma equipe que ocupa a parte de baixo da tabela podem fazer falta na sequência do campeonato. “Precisávamos muito desses três pontos”, destacou.
O treinador também espera pela recuperação dos lesionados. O clube tem 11 atletas no departamento médico. “Esperávamos que contra o Paysandu alguns deles voltassem, mas não deu certo”, disse Rocha que, sem poder contar nas últimas partidas com jogadores considerados titulares, conheceu melhor o elenco após quase um mês de trabalho. “Todos estão tendo oportunidades e já tive a chance de verificar o perfil de cada um.”











