Uma terceira mortandade de peixes foi registrada nesta terça-feira (22) no Rio Piracicaba, por um suposto descarte de resíduos da estação de tratamento administrada pelo Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae).
O Grupo Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), do Ministério Público, acompanhou a coleta de peixes agonizando e de água descartada do Semae na região conhecida como Rego da Boyes.
Essa é uma área do Rio Piracicaba que fica a cerca de 8 quilômetros do ponto onde, no dia 7 de julho, houve grande mortandade de animais aquáticos.

“Há indícios de que a Semae descartou resíduos do esvaziamento de um tanque utilizado no processo de tratamento de água para abastecimento público”, informou em nota o Ministério Público.
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) , a Polícia Ambiental, o Instituto de Criminalística e o técnico do Ministério Público foram acionadas pelo promotor Ivan Carneiro Castanheiro por volta das 20h50 de segunda-feira (22). Os órgãos compareceram ao local e fizeram coleta de peixes e amostras de água.
“A confirmação ou não de informações transmitidas ao Ministério Público dependerá dos resultados das análises de material coletado, bem como das oitivas de testemunhas e de operadores do sistema de tratamento de água do Semae”, divulgou o Gaema
Em nota, a Cetesb informou que realizou inspeção na Estação de Tratamento de Água Luiz de Queiroz, do Semae, onde foi constatado o lançamento irregular de efluentes.
“Novas amostras desses efluentes foram coletadas para análise. Assim que a análise dos laudos for concluída, a Companhia Ambiental adotará as medidas administrativas necessárias”, informou.
O que diz o Semae
O Semae informou em nota que o material que chegou ao Rio Piracicaba é resultado da operação de tratamento de água, não altera a oxigenação no manancial e, por isso, não causou a mortandade dos peixes.
“Esse material é resultado da operação de tratamento de água, necessária para o abastecimento de 30% do município de Piracicaba. O Semae colheu amostras da água do Rio Piracicaba e, após análises, não foram constatadas mudanças na oxigenação, portanto, o fato não causou a mortandade dos peixes”, divulgou.
“A Prefeitura reforça que é imprescindível a continuação dos serviços da ETA para garantir o abastecimento de toda a população de Piracicaba. Diante disso, informa que será solicitada à Cetesb e ao Ministério Público uma reunião para solução do caso em conjunto”, cita a Administração.











